Inflação mensal mais baixa dos últimos 28 meses
Desde o início do ano, a classe "Transportes" é aquela onde os preços mais subiram, 17,9%, seguindo-se os da "Saúde", com 13,2% entre Janeiro e Setembro, com a classe "Bens e serviços diversos", com 13,1%, a fechar o pódio.
A inflação homóloga está em queda há 14 meses consecutivos e, em Setembro, caiu 0,7 pontos percentuais para 18,16%, o valor mais baixo em 23 meses, de acordo com cálculos do Expansão com base no Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Já a inflação mensal, recuou para 1,01%, o valor mais baixo em 28 meses. Olhando para os dados desagregados do INE, contribuiu para essa desaceleração mensal os preços da classe de despesas "Habitação, água e combustíveis" (-1,59 pp face a Agosto), bem como "Transportes" (-1,21 pp), "Saúde" (-0,16 pp), "Mobiliário equipamento doméstico e manutenção" (-0,03 pp), e "bens e serviços diversos" (-0,01 pp).
Em sentido contrário, a nível mensal os preços aceleraram sobretudo na classe "Educação" (+0,46 pp face a Agosto) e "Hotéis, cafés e restaurantes" (+0,29 pp). Olhando para estes números, a subida dos preços dos combustíveis, bem como das tarifas de transportes públicos e da electricidade e da água nos meses de Junho e Julho começam a dissipar-se (ainda que mal tenham subido nos relatórios anteriores do INE), enquanto os preços da "Educação" subiram precisamente por se tratar do mês em que as aulas arrancaram.
Desde o início do ano, a classe "Transportes" é aquela onde os preços mais subiram, 17,9%, seguindo-se os da "Saúde", com 13,2% entre Janeiro e Setembro, com a classe "Bens e serviços diversos", com 13,1% a fechar o pódio. Na classe "Bebidas alcoólicas e tabaco" os preços subiram 12,2%, "em Mobiliário e equipamento doméstico" cresceram 11,8%, enquanto em "Alimentação e bebidas não alcoólicas" subiram também 11,8%.
Note-se que a classe "Sáude" foi em 2023 e em 2024 a classe cujos preços mais subiram, com um total de 26,6% e 35,4%, respectivamente. O combate à inflação tem sido dos maiores desafios do País.
No ano passado, a inflação foi de 27,5% e, para este ano, o Banco Nacional de Angola (BNA) estima uma redução de 10 pontos percentuais para 17,5%. O banco central é ligeiramente mais pessimista que o Governo, que no relatório de fundamentação do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2025 aponta a 16,6%. Já o Fundo Monetário Internacional apontava a 16,3%, mas entretanto no comunicado sobre a visita ao abrigo do pós-programa reviu em alta para 20,0%.