"Não sei se sou poupada, o que sei é que distribuo muito dinheiro"
A política surgiu de forma "hereditária" em Alexandra Simeão, mas não é filiada em nenhum partido, porque prefere não ficar "refém" do sistema. Garante que não resiste a apoiar uma causa solidária e admite ser materialmente desprendida.
Quando começou a sentir o gosto pela política?
Acho que foi na barriga da minha mãe. Tenho uma família muito ligada à política, que sempre foi interventiva e a política sempre foi uma paixão. Os meus filhos falam política, os meus pais, os meus tios falavam muito de política e acabei por ficar contaminada e de alguma forma estou a passar isso aos meus filhos.
Tem saudades da política activa?
Eu estou na política activa, essa é uma das minhas grandes missões neste momento. Há um conceito errado de que para se fazer politica activa temos que pertencer a um partido politico. Discordo plenamente, os partidos têm um espaço próprio na sociedade, mas depois à sociedade civil cabe um
papel extraordinariamente interventivo, regulador e também e de alguma forma fiscalizador. A minha
decisão de ser independente foi pensada, pretendeu mostrar às pessoas que não temos que ser reféns
dos partidos políticos.
É poupada ou gasta tudo o que ganha?
Não sei se sou poupada, se gasto todo o dinheiro que tenho. O que sei é que distribuo muito dinheiro.
Gasto comigo, com os meus filhos, mas para além disso há sempre uma quantidade de situações.
Todas as acções de solidariedade que vêm propor-me, empenho-me. Gasto, porque não vivo para
juntar. A vida é curta, mas felizmente não gasto só comigo.
(Leia mais na edição em papel do Expansão)
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