Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Angola

Seca em Angola custa 100 milhões USD por ano

PODE SUBIR AOS 700 MILHÕES ATÉ 2100

Relatório do Banco Mundial faz o diagnóstico sobre as alterações climáticas e aponta o caminho a soluções para as mitigar.

As perdas económicas directas na agricultura devido à seca podem subir dos actuais 100 milhões USD por ano em todo o País para mais de 700 milhões anuais até 2100, revela o Relatório Sobre o Clima e Desenvolvimento do País realizado pelo Banco Mundial.

"Atingir a resiliência climática está inextricavelmente ligada ao sucesso da diversificação económica de Angola, uma vez que os sectores não extractivos mais promissores são altamente sensíveis ao clima e encontram-se sob maior tensão devido à variabilidade climática. Espera-se que a falta de disponibilidade de água e o aumento das ocorrências extremas coloquem desafios crescentes à produção agrícola", refere o relatório apresentado esta quarta-feira.

E essas alterações climáticas são já uma realidade, com o sul de Angola a ser fustigado durante a última década. Para atenuar o impacto destas alterações, o estudo do Banco Mundial faz um diagnóstico sobre a situação e apresenta algumas soluções de forma a preparar o país para o futuro. Uma delas passa por colocar a resiliência climática no centro de todo o planeamento, integrar os riscos climáticos e as medidas de adaptação em todos os planos e estratégias sectoriais, a estratégia fiscal a médio prazo e os instrumentos de planeamento territorial.

Capacitar as principais instituições governamentais para enfrentar a crise climática e assegurar os recursos financeiros e humanos adequados deve ser encarado como prioridade. Deve também ser promovida uma cultura de gestão proactiva dos riscos e de preparação climática, com planeamento financeiro e recursos de contingência de catástrofes pré-estabelecidos.

Outra recomendação passa por obter preços adequados para abrir caminho à participação do sector privado, melhorar a eficiência económica, e gerar recursos adicionais para investimento em resiliência climática. "Um exemplo chave é a reforma dos preços dos combustíveis, ao mesmo tempo que proporciona compensação aos pobres e à classe média baixa, o que irá criar espaço fiscal, reduzir o desperdício no consumo de combustíveis e abrir caminho para um sector de refinação competitivo", refere o relatório, que recomenda ainda que a queima de gás no processo de extracção de petróleo precisa de ser tributada para reflectir os seus custos sociais.

Logo Jornal EXPANSÃO Newsletter gratuita
Edição da Semana

Receba diariamente por email as principais notícias de Angola e do Mundo