O governador do banco central é o trunfo que o Presidente Hage Geingob joga, no seu segundo mandato, para compor as finanças públicas e ajudar a relançar o crescimento, após três anos de recessão, ao desenhar o novo executivo, que foi reduzido para 21 ministérios, para "permitir uma melhor coordenação entre os sectores". Ipumbu Shiimi vai tutelar o Ministério das Finanças no novo governo, que, pela primeira vez, tem um ministro da Presidência, que ficará "responsável pelos assuntos parlamentares e actuará como interface entre os governadores regionais e o Presidente".

O combate e erradicação da pobreza, que se acentuou desde que o país entrou em recessão em 2016, ficará sobre a responsabilidade directa da Presidência. O Presidente e vice-presidente, Nangolo Mbumba, coadjuvados pelos respectivos ministros, ficam ainda com a promoção dos investimentos e desenvolvimento das Pequenas e Médias Empresas, assinalando a prioridade dada às PME "pelo enorme potencial de criação de empregos".

Neste âmbito, o Centro de Investimentos será substituído pelo Conselho de Promoção de Investimentos e Quadro de Desenvolvimento, organismo encarregue de "promover um ambiente de negócios propício e afirmar a Namíbia como um destino de investimento favorável", afirmou o Chefe de Estado, que tomou posse no sábado, dia 21, numa cerimónia restrita, destinada a assinalar também os 30 anos de independência. A cerimónia contou com a presença de três chefes de Estado africanos, entre eles o Presidente de Angola, João Lourenço, o primeiro a quem Geingob dirigiu uma saudação no seu discurso.

(Leia o artigo integral na edição 567 do Expansão, de sexta-feira, dia 27 de Março de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)