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Universidade

Reitores defendem alargamento do ano lectivo até ao mês de Janeiro

ALUNOS CONCORDAM, MAS QUEREM CLARIFICAR VALOR DA PROPINA

Dois cenários foram traçados para compensar o período de pausa e os alunos que não conseguem acompanhar as aulas online. Os estudantes concordam com o alargamento do ano lectivo, mas levantam dúvidas sobre a dispensa de 40% no valor da propina a pagar.

Os reitores de várias instituições do ensino superior defendem o alargamento do ano lectivo até ao mês de Janeiro com o objectivo de recuperar os meses em que as aulas estiveram suspensas, por causa do estado de emergência. Apesar de algumas universidades estarem a orientar os seus alunos, através da internet, os reitores acreditam que a medida não é suficientemente abrangente, porque muitos estudantes não têm acesso à internet, por isso, defendem o prolongamento das aulas para que seja possível cumprir o programa do ano académico.

"Se fizermos um balanço das aulas que estão a ser ministradas, pela internet, e contabilizarmos os alunos que tiveram interacção com os professores, acredito que não teremos resultados positivos. Nesta perspectiva, é conveniente que pensemos no alargamento do ano lectivo, de forma a não contarmos tanto com o que se fez durante o estado de emergência", defendeu a vice-reitora para a área académica da Universidade Católica de Angola (UCAN). Maria Helena Miguel defende ainda que sejam comprometidas as pausas escolares, excepto as de Dezembro, para recuperar o tempo perdido.

Por acreditar que os alunos não terão muitos benefícios com as aulas à distância, devido às várias dificuldades que ainda enfrentam no acesso à internet, que ainda tem custos muito elevados no País, o decano da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto (FECUAN), Redento Maia, corrobora a proposta de Maria Helena Miguel no que concerne ao alargamento do ano lectivo.

"É muito bom estarmos a evoluir para as aulas à distância, através das plataformas da internet, mas também temos de ter em conta as possibilidades económicas dos nossos estudantes e os seus níveis sociais, porque nem todos têm dinheiro para dispor dos instrumentos que devem usar para ter acesso à matéria. Esta é a razão que nos leva a defender o alargamento do ano lectivo até Janeiro, acreditamos que as aulas à distância não terão muitos efeitos".

O decano também considera ser utópico pensar que as aulas vão arrancar no dia 27 de Abril.

Para o porta-voz da Associação das Instituições do Ensino Superior Privado de Angola (AIESPA), Laurindo Viagem, é consensual o alargamento do ano lectivo a Janeiro. Mas o facto de se definir o pagamento da propina até 60% está a suscitar algumas dúvidas. (...)

(Leia o artigo integral na edição 571 do Expansão, de sexta-feira, dia 24 de Abril de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)