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Opinião

13º ano da nossa vida

Editorial

Comemorado o 12.º aniversário, entramos oficialmente no 13.º ano de vida. Dizem que dá azar, há mesmo alguns que se recusam a sentar-se numa mesa com 13 lugares, embora sempre me tenha parecido que isso depende muito mais das companhias do que do número de cadeiras.

Num ano que se prevê de enormes dificuldades, económicas, sociais, mas também da nossa própria actividade profissional, a pressão da manipulação, da difamação e do controlo da liberdade de expressão parecem mais fortes, embora como no caso acima, me pareça que isso também depende mais das companhias do que das cadeiras. E quem não souber escolher as suas não pode depois invocar "feitiço" se a vida não lhe correr bem.

Se tivermos em linha de conta que neste 13.º ano de vida vamos sair às 6.º feiras, pode construir-se já um cenário de "ano maldito", com sucessivas quebras de espelhos e gatos pretos a circular pelas nossas páginas, embora neste caso nós possamos passar mais imunes, porque já identificámos algumas brigadas organizadas cuja função é mesmos essa, partir os vidros de uma imprensa que se queira assumir transparente, isenta, sem agendas e compromissos, sem estar a trabalhar sob o sinal de hi-fi emitido pelo router central. E, já agora, dizer que também já conhecemos alguns dos gatos pretos, mostram-se de vez em quando, "ronroneiam" quando estão de frente, arranham quando os deixamos ficar nas nossas costas. O segredo é mantê-los dentro do nosso raio de visão e nunca dar o flanco. Quem o faz uma vez, acaba por fazê-lo para toda a vida. Mas, claro, não conhecemos todos. Até porque muitos pintam o pêlo, aparam as unhas e provocam azar apenas com a língua.

Resumindo, adivinham-se 12 meses difíceis, em que o que parece improvável pode acontecer, mas também pode não ser improvável. Aliás, muitas das coisas improváveis são planeadas, às vezes durante bastante tempo, consumindo horas de inteligência a várias dezenas de cérebros. Por nós, neste 13.º ano vamos tentar não passar debaixo de nenhuma escada, manter a linha editorial com que já vos habituámos, e que é resultado do trabalho de todas as equipas que passaram por esta redacção, dirigidas primeiro por Vítor Fernandes, depois por Evaristo Mulaza, Carlos Rosado de Carvalho e agora eu próprio. Esta qualidade que nos reconhecem, enquanto jornal com pensamento próprio, é resultado da contribuição de todos os que aqui trabalharam e trabalham. Da administração, da área comercial, da área financeira e administrativa, dos recursos humanos, do controlo de qualidade, dos serviços de apoio e, muito especialmente, de vocês leitores, que semana após semana, ou mais intervaladamente, nos escolhem como leitura. E, claro, também aos nossos anunciantes que mantêm os seus produtos e os seus serviços nas nossas páginas e nos nossos eventos.

A todos um muito obrigado! E também aos gatos pretos...