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Elevada concentração de clientes com risco ambiental prejudica crédito e rating dos bancos em Angola e Nigéria

Moody"s emite relatório sobre a matéria

Na hora de atribuir ratings, as agências também ponderam factores ambientais, que podem agravar a qualidade do crédito das instituições, e a Moody"s alertou que os bancos em Angola e Nigéria são os mais vulneráveis, por terem uma carteira de clientes, cujos negócios são sensíveis às alterações climáticas, o que contribui para deteriorar "a qualidade de crédito e rentabilidade dos bancos".

"Os bancos em África enfrentam um risco ambiental através dos seus empréstimos aos sectores sensíveis ao ambiente, mas também devido às vulnerabilidades que surgem devido à grande concentração de títulos do Governo", noticia o jornal português Negócios, com base num relatório da Moody"s, divulgado na noite desta segunda-feira.

A chamada de atenção da Moody"s prende-se com o peso das indústrias do petróleo e gás, minérios e transporte na economia, que "enfrentam riscos ambientais elevados, dada a sua exposição inerente à transição energética e aos riscos sobre o clima", como é o caso de Angola, grande produtor de petróleo, que tem que se preparar para a transição das energias fósseis para as energias renováveis.

"Os riscos são exacerbados pela enorme exposição a títulos de dívida soberana, particularmente para os bancos angolanos e nigerianos", adianta a agência. Dos 49 bancos angolanos analisados pela Moody"s a percentagem de risco da exposição a títulos de dívida soberana, é de 15 a 35% dos activos totais, enquanto nas economias avançadas este valor não chega aos 10%, refere a agência.