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FMI e Banco Mundial mantêm previsão de crescimento para 2021

Instituições apontam para o regresso ao crescimento da economia angolana

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial mantiveram as previsões de crescimento de Angola para 2021 em 0,4% e 0,9%, respectivamente, mais optimistas que a estagnação prevista pelo Governo no Orçamento Geral do Estado (OGE).

Estas previsões foram apresentadas a semana passada, durante os Encontros da Primavera, que juntam estes dois organismos multilaterais em Washington, nos EUA. O Banco Mundial foi o primeiro a divulgar o seu Outlook, através do relatório Africa"s Pulse, e manteve a previsão de um ligeiro crescimento de 0,9% do PIB angolano, sustentado, à semelhança das de África do Sul e Nigéria, com os preços mais altos das commodities desde o início do ano.

O relatório refere que a recuperação da economia angolana no início do ano "permaneceu fraca", visto que a "produção de petróleo continuou a cair devido ao baixo investimento" no sector. "A produção de petróleo bruto caiu para 1,13 milhões de barris por dia em Janeiro de 2021, após atingir uma baixa recorde de 1,18 milhão de barris por dia no quarto trimestre 2020. Espera-se que a recente alta nos preços do petróleo aumente as receitas de exportação e alivie as pressões sobre a balança de pagamentos", indica o Africa"s Pulse.

O Banco Mundial acrescenta que, "apesar da desaceleração recente, a inflação continua elevada e continuará a pesar no consumidor. E o pesado fardo da dívida do Governo pesará sobre a confiança das empresas. Neste contexto, o crescimento deverá recuperar em 2021, mas permanecerá moderado em 0,9%". Para 2022, o BM aponta a um crescimento de 3,5% na expectativa de uma recuperação da produção de petróleo e de uma aceleração no ritmo de vacinação.

Quanto à região da África Subsaariana, o Banco Mundial refere que a economia caiu 2,0% em 2020, e que deverá crescer entre 2,3% e 3,4% em 2021, dependendo das políticas adoptadas pelos países e pela comunidade internacional para combater a pandemia. "Reformas ambiciosas que apoiem a criação de emprego, reforcem o crescimento equitativo, protejam os mais vulneráveis e contribuam para a sustentabilidade ambiental serão fundamentais para reforçar as medidas de uma recuperação
mais forte em todo o continente africano", refere o economista-chefe do Banco Mundial para África, Albert G. Zeufack.

(Leia o artigo integral na edição 619 do Expansão, de sexta-feira, dia 9 de Abril de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)