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Opinião

Acordos comerciais com os EUA e a RDC (triple market) para diminuir o contrabando e reforçar a transparência

Convidado

A extensão dos mercados tem sido um grande desafio para as grandes economias e resultam muitas vezes na criação de zonas livres de comércio com medidas protecionistas com vantagens comparativas sobre outros grupos, tendo como origem e destino de bens e serviços dos países que a integram.

Um triple mercado formado com este tipo de blocos pode trazer vantagens para Angola, bem aproveitadas numa cooperação win-win e abdicar-se daquelas que sorrateiramente querem arrancar de nós a nossa soberania e com isto o orgulho de ser angolano, como é o orgulho ser cidadão americano.

O tratado entre economias da região Ásia-Pacífico, criado entre a China e 14 países, que abarca um terço da economia mundial e mais de 2,2 biliões de pessoas e a Zona de Comércio Livre Africana são exemplos dos mais recentes acordos comerciais, cuja criação tem como objectivo a facilitação do comércio sustentável que venha a promover um desenvolvimento económico dos países abrangidos.

Existem vários blocos regionais em África conhecidos como Comunidades Económicas Regionais - CER. A maioria destas CER formam os pilares da CEA e respectivos subgrupos da seguinte forma: CEN-SAD: Comunidade dos Estados Sahel-Saarianos; COMESA: Mercado Comum da África Oriental e Austral; ECCAS/CEEAC: Comunidade Económica dos Estados da África Central -CEDEA, subgrupo; Comunidade Económica e Monetária da África Central-CEMAC; East African Community-EAC; Comunidade Africana Oriental: Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental - CEDEAO, subgrupo União Económica e Monetária da África Ocidental - UEMOA; Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento; Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral-SADC; IGAD: subgrupo União Aduaneira da África Austral-UAAA; União Árabe do Magrebe-UAM. Sem nos esquecer da Zona Tripartida de Livre Comércio-ZTLC, um bloco económico formado a 10 de Junho de 2015, da qual fazem parte a África do Sul, Angola, Botsuana, Burundi, Camarões, Djibuti, Egipto, Eritreia, Etiópia, Lesoto, Líbia, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Quénia, República Democrática do Congo, Ruanda, Seicheles, Essuatini, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbabué.

Angola deve considerar a RDC como um parceiro privilegiado em África, apresentando várias oportunidades naquele mercado, com uma população acima dos 80 milhões. Angola pode alargar o seu mercado para este país, o que colateralmente virá diminuir em grande escala negócios através do mercado negro, que têm provocado constrangimentos alimentados de forma exacerbante por certos grupos, tomando como exemplo o contrabando de combustíveis na fronteira com este país.

Segundo o site Trading Economics, a RDC tem mais de 80 milhões de habitantes, uma taxa de crescimento do PIB na ordem dos 2,2% e uma taxa de transacções correntes de 8%.

Olhando para os EUA, a maior potência mundial, lugar cobiçado por todos, não nos restaria maior ambição do que tê-lo como parceiro económico privilegiado fora da África. Não obstante os seus apetites imperialistas, ainda assim, encontramos a defesa da democracia vertida das suas instituições públicas pela transparência como operam, demonstrando níveis elevados de imparcialidade inigualáveis em qualquer outro espaço do planeta terra (não imaculados porque está na terra e não no paraíso), como os guardiões do mundo. Sendo uma sociedade com índices altos de consumo de bens importados, a julgar pelo défice da sua Balança de Pagamentos ou Comercial, influenciada na preferência dos bens de outros países (podem ser de Angola para além do petróleo), sendo uma oportunidade de Angola exportar produtos do campo; e obter desta nação o know-how em várias áreas do saber, ou seja, o conhecimento.

*Economista e docente universitário

(Leia o artigo integral na edição 622 do Expansão, de sexta-feira, dia 30 de Abril de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)