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África

Sistema financeiro sul-africano passado a pente fino em 2021

Avaliação do FMI verifica estabilidade e tenta "desmascarar vulnerabilidades"

África do Sul é um dos seis países que vão estar no radar do Fundo Monetário Internacional (FMI) durante o ano de 2021, numa avaliação que tem por objectivo verificar a estabilidade dos seus sectores financeiros e "desmascarar vulnerabilidades" que podem representar problemas maiores no futuro.

A avaliação deste ano inclui o Reino Unido, "um dos sistemas financeiros mais complexos e abertos do mundo", que hospeda "várias entidades globalmente sistémicas e um grande sector financeiro doméstico".

África do Sul, que tem "o maior sector financeiro" do continente africano, é o único país de África na mira do Programa de Avaliação do Sector Financeiro, conhecido por FSAP, e que ajuda a avaliar as vulnerabilidade financeiras e tornar os sistemas financeiros mais fortes e mais capazes de resistir a eventos adversos. "Tal como um motor bem calibrado de um carro, a manutenção é a chave", sublinha o FMI, notando que, ao longo de 2020 e 2012, o sistema financeiro global "resistiu aos efeitos da pandemia global e dos bloqueios económicos devido a políticas de apoio sem precedentes".

Duas das avaliações cobrem economias com grandes sistemas financeiros: Reino Unido e Hong Kong. As quatro restantes concentram-se em economias de mercados emergentes, como são os casos de África do Sul, Chile e Filipinas, e uma economia de fronteira, que é a Geórgia.

As avaliações à estabilidade das economias com sistemas financeiros grandes e sistemicamente importantes são realizadas, obrigatoriamente, a cada cinco anos. Nos outros, as avaliações são realizadas a pedido dos governos, como é o caso do sistema financeiro de África do Sul, descrito pelo FMI como sendo composto por "grandes grupos bancários internacionais e um fundo de investimento e sector de seguros bem desenvolvido".

Na avaliação, o FMI considera as características específicas dos sistemas financeiros de cada país e adapta a sua análise às necessidades de cada Estado-membro. As avaliações para economias avançadas são feitas apenas pelo FMI, enquanto as de outras economias são normalmente realizadas em conjunto com o Banco Mundial. O Conselho Executivo do FMI fará uma revisão periódica do FSAP.

A avaliação ao sector financeiro sul-africano decorre num "ambiente difícil de crescimento moderado e grandes défices fiscais, exacerbados por uma posição financeira fraca das empresas estatais e o impacto contínuo na saúde e na economia" por causa da Covid-19.

(Leia o artigo integral na edição 624 do Expansão, de sexta-feira, dia 14 de Maio de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)