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Encomendas dos Correios de Angola triplicaram com comércio online

Pandemia da Covid-19 faz disparar comércio nas palataformas online

A pandemia da Covid-19 fez disparar o número de pessoas em Angola que recorrem ao comércio online, por causa das restrições nas viagens internacionais. O número de encomendas postais recebidas e remetidas pelos Correios de Angola aumentou mais de 231%, no último ano, passando de 3.236 objectos movimentados no primeiro trimestre de 2020 para mais de 10 mil entre Janeiro e Março de 2021, adiantou ao Expansão o director comercial da empresa, Francisco Van-Dúnem.

Portugal é a principal origem das compras angolanas e é também o principal destino das vendas online de produtos provenientes de Angola, nomeadamente o Chá de Caxinde e a fuba de bombó. Mas existem outros mercados para as compras online dos angolanos, como o Brasil, Estados Unidos e a Turquia, de onde vêm perfumes, roupa e sapatos.

O material electrónico, como telemóveis, computadores, impressoras, electrodomésticos e até peças de automóvel vêm maioritariamente da Ásia, de países como a Singapura e China. Da Índia vêm, sobretudo, os cabelos postiços.

De Angola para o exterior os produtos mais vendidos são os naturais, como o Chá de Caxinde e o chá de Capungopungo, kizaca, fuba de bombó e fuba de milho. Grande parte destas vendas têm como compradores emigrantes angolanos.

Dados fornecidos pelos Correios de Angola atestam o aumento do e-commerce. Só no primeiro trimestre deste ano, registou-se um aumento de 231% no número de objectos que entraram e saíram do país, através dos Correios de Angola, face ao período homólogo. De Janeiro a Março, foram movimentados mais de 10 mil objectos contra os 3.236 em 2020. A nível nacional, pelo contrário, registou-se uma diminuição de 19% nos objectos recebidos e expedidos.

Francisco Van-Dúnem, director comercial dos Correios de Angola, disse ao Expansão que a empresa tem registado um aumento considerável de pessoas que recorrem aos seus serviços, como consequência do e- commerce.

"Começa a acontecer que a maior parte das pessoas que usam os Correios de Angola são aquelas que praticam o e-commerce, ou seja venda e compra online. A cada dia que passa, é maior o número de pessoas que usam plataformas, como a Alibaba ou a Amazon, para comprar produtos, o que tem feito com que a movimentação nos correios aumente. A maior parte das pessoas que viajava para comprar mercadorias, hoje usa as vias online. Nestes últimos tempos até acessórios de automóveis são comprados", afirmou.

O roubo, desaparecimento e "violação" dos produtos encomendados é um dos riscos que se corre quando se fazem compras online fora do país. Francisco Van-Dúnem reconheceu que os Correios de Angola têm recebido queixas pelo desaparecimento de alguns produtos, de produtos que são encomendados e não chegam ao cliente, ou que chegam com sinais de violação. "Neste caso, se se provar que a infracção não é da responsabilidade dos Correios de Angola, quem deve restituir o produto é o país de origem", assegura.

(Leia o artigo integral na edição 625 do Expansão, de sexta-feira, dia 21 de Maio de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)