O auditor independente às contas de 2020 do Banco Sol, a Crowe, reduziu de sete para duas as reservas no balanço do banco, constatou o Expansão com base no relatório e contas de 2020 da instituição bancária.

Em 2019, os peritos auditores da Ernet & Young (EY) tinham fechado o parecer com sete reservas, várias delas ligadas às imparidades de crédito, insuficiência de dados nas rubricas "outros activos" e activos por impostos referidos. Destaque também para a retirada da reserva da EY sobre a obrigatoriedade de demonstração de contas de 2019 com base no facto de Angola ter sido declarada uma economia hiperinflacionária pelas maiores auditoras internacionais em 2017 e 2018.

Quanto às duas reservas agora registadas no relatório de 2020, são referentes a uma " limitação sobre cálculos de imparidades das exposições individuais na análise à carteira de crédito individual por parte do banco" (que já vem do parecer do anterior auditor em 2019), e relativos aos activos por impostos diferidos.

No caso das limitações dos cálculos de imparidades, a Crowe refere que a gestão do Banco Sol entendeu não constituir imparidades para diversos mútuos que se encontravam em incumprimento e cujo risco de crédito tinha aumentado significativamente, uma vez que a entidade bancária tinha em curso um processo de negociação, formalização ou recuperação com os respectivos mutuários. Só que os auditores da EY não tinham obtido informação suficiente para corroborar esta posição da administração, o que valeu ao banco uma reserva. O mesmo aconteceu agora com a Crowe.

(Leia o artigo integral na edição 626 do Expansão, de sexta-feira, dia 28 de Maio de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)