A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) assinaram, recentemente, um memorando de entendimento para fortalecer as finanças sustentáveis com o objectivo de impulsionar os mercados de capitais e fomentar o financiamento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no país.

A parceria, assinada por Denise António, representante do PNUD em Angola, e Cristina Lourenço, presidente da Comissão Executiva (PCE) da BODIVA, tem como objectivo criar um ambiente favorável à mobilização de investimentos sustentáveis e promover instrumentos financeiros inovadores, como os títulos verdes, que podem atrair recursos privados para sectores estratégicos como as energias renováveis.

A parceria enquadra-se no âmbito da Plataforma de Apoio ao Investimento e Assistência Técnica (PISTA) estabelecida pelo Centro de Clima e Energia do PNUD em Roma, com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, onde dos 15 projectos identificados, a BODIVA foi seleccionada, com o programa de "Ampliação do financiamento sustentável para uma transição energética justa em Angola", elegível ao valor de 170.000 USD, para capacitação.

Para a representante do PNUD em Angola, Denise António, o memorando é crucial para o fortalecimento do ecossistema financeiro de Angola para que o sector privado tenha as ferramentas e o conhecimento necessários para alavancar investimentos com impacto no desenvolvimento sustentável.

Por sua vez, a Cristina Lourenço, PCE da BODIVA, explicou que o acordo o "vai permitir expandir o acesso a novas formas de financiamento para empresas e projectos alinhados aos e permitindo o alcance de um dos principais objectivos estratégicos da BODIVA até 2028, que prevê o aprofundamento e alargamento do mercado de capitais nacional por via da criação de instrumentos financeiros inovadores, como é o caso dos títulos verdes, azuis, sociais ou climáticos".