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Incumprimento no pagamento das indemnizações domina as reclamações

SECTOR SEGURADOR

Isto acontece fundamentalmente na activação do seguro automóvel, cujos valores que os clientes reclamam não são compatíveis com as suas expectativas ou o reembolso demora muito tempo.

O número de reclamações dos clientes do sector segurador aumentou 30% para 556 reclamações em 2024 face a 425 registado em 2023, e o incumprimento dos prazos de pagamento das indemnizações continua entre as principias reclamações, de acordo o relatório da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG).

Apesar das reclamações terem aumentado, as seguradoras concluíram 424 reclamações das 556 apresentadas durante o ano de 2024, entraram em 2025 com apenas 103 por concluir. Ou seja, as empresas resolveram 76,3% para reclamações, o que significa o grau de eficiência das empresas de seguros em dar soluções das queixas dos seus clientes.

Numa altura que está a ser revista a lei que regula o Seguro Obrigatório Automóvel de Responsabilidade Civil (SORCA), que reforça a exigência de um centro de reclamações e a figura de um provedor do cliente, esta questão das reclamações poderá ser tratada com maior celeridade.

Quanto aos números de cada uma das principais seguradoras, lembrando que as que têm maior actividade têm também mais reclamações, a Ensa Seguros, das 161 recebidas concluiu 107, a Nossa Seguros resolveu 81 das 87 reclamações recebidas, já a Fidelidade das 78 resolveu 74, e a Sanlam recebeu 48 e deu solução a 42. Há também as seguradoras que transitaram para 2025 sem reclamações como a Prudencial Seguro, Sol Seguros Aliança Seguros, Unisaúde, Viva Seguros, Super Seguros, Global s e a Fortaleza seguros.

O ramo automóvel, por ser o segmento de negócio das companhias que apresenta maior "fluxo", é que tem maior reclamações com 283 queixas, seguidos do ramo doença com 179, acidentes pessoais com 70, ramo Vida 6, viagens e transportes com 6, outros ramos 23.

O incumprimento dos prazos de pagamento das indemnizações continua a ser a principal reclamação dos clientes das companhias, seguido do declínio do processo de sinistros, insatisfação na regularização de sinistro, Conduta Indecorosa (contratos de Trabalho), recusa de devolução de pagamento de comissão de mediação indevida, são outras das causas. O canal mais utilizado pelos tomadores de seguros para fazerem as suas reclamações continua a ser o e-mail, com uma fatia de 62% do total.

Quanto aos fundos de pensões, foram registadas um total de 43 reclamações, com maior incidência nos fundos fechados, com motivações de vária ordem, desde a morosidade na resolução dos processos, comunicação deficitária, elegibilidade à pensão de sobrevivência aos atrasos nos pagamentos das pensões. A Ensa é a sociedade detentora de fundos com mais reclamações, 21, seguido da Sonangol Vida, 12, e Fénix Pensões, 6 reclamações.

A ARSEG na qualidade de entidade reguladora do mercado também tem a função de mediar conflitos quando os clientes não encontram soluções com as seguradoras. E o número de clientes que solicitou a intervenção do órgão regulador aumentou 36% para 101. O regulador justifica que este aumento "deve-se ao facto de os consumidores têm maior conhecimento dos seus direitos e canais de reclamação, que resulta da gestão inadequada na resolução de sinistros pelas entidades supervisionadas".

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