A petrolífera privada angolana Etu Energias vai emitir, este ano, obrigações privadas na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) para financiar projectos já identificados, segundo avançou o PCA da instituição, Edson dos Santos, que falava durante a apresentação dos resultados referentes ao ano de 2024, na 4ª edição do "Café com os Medias" que decorreu hoje em Luanda.

"Nós achamos que conseguimos obter 70% da nossa ambição, primeiro via obrigação privada, e depois passaríamos para uma IPO (Oferta Pública Inicial)", disse Edson dos Santos em resposta ao Expansão durante o evento.

Sem avançar a data efectiva, o PCA garantiu que, neste momento, é a estratégia ideal, ao mesmo tempo que empurra a abertura de capital via mercado de acções mais lá para frente. "Continua a ser parte do nosso objectivo, mas temos que fazer no momento certo. Realmente empurramos mais lá para frente a entrada em bolsa via abertura de capital, mas vamos entrar sim 2025 via obrigações", garantiu.

Assim, ao se efectivar a emissão, a Etu será a segunda petrolífera a experimentar o mercado obrigaccionista, depois de a petrolífera Sonangol emitir a 14 de Setembro de 2023 as suas primeiras obrigações privadas no valor de até 75 mil milhões Kz com maturidade de 5 anos e com uma taxa de 17,5%. Entretanto, a Sonangol já começou a pagar os juros das obrigações 2023-2028.

Ainda assim, o Standard Bank Angola foi a instituição que inaugurou o mercado de obrigações corporativas (privadas), seguido da Griner Engenharia e da Sonangol. Agora, vem aí a Etu Energias.

A Etu, anteriormente Somoil, é operadora nos blocos 2/05, CON1, CON2, CON6 e CON8, bem como das Associações FS/FST, e participa (como não-operador) nos Blocos 3/05, 3/05A, 4/05, 14/14K, 17/06, 14/23 e 32.