A Mamboo, que é mais do que uma logtech (startup de logística), entra para a história num contexto marcado pelo baixo nível de consumo, influenciado pelo reduzido poder de compra, baixa literacia digital e níveis de confiança ainda insuficientes nos serviços digitais, tendo em conta que o sucesso das empresas de delivery depende directamente do consumo e da confiança do utilizador no serviço.

"Mais do que um número, este marco traduz milhões de histórias de confiança, conveniência e proximidade. Em cada entrega, reforçamos o nosso compromisso de tornar o quotidiano dos angolanos mais simples e conectado" , afirmou Kaê Carvalho, cofundadora e directora de operações da Mamboo, em comunicado enviado ao Expansão.

Segundo o documento, em 2024 a startup registou 275 mil pedidos, estimando-se que este ano possa atingir os 320 mil, o que representa um crescimento de 15% face ao período anterior.

Em cinco anos, a empresa criou mais de 300 postos de trabalho directos e indirectos e conta actualmente com mais de 980 parceiros. A startup actua hoje em três grandes segmentos integrados. O primeiro é o marketplace (mercado digital), onde os clientes encontram restaurantes, supermercados, farmácias e lojas de conveniência, num universo com mais de 600 parceiros activos.

O segundo segmento é o de logística, com serviços de entrega tanto de pessoa para pessoa (peer-to-peer - P2P) e também empresas, através de um modelo de crowdsourcing que utiliza motoristas e estafetas para realizar as entregas conforme a procura. As operações são geridas de forma inteligente e em tempo real, o que significa que o sistema optimiza as rotas, monitoriza o estado das entregas e ajusta a logística à medida que surgem novas solicitações.

O terceiro segmento é a Fintech, com a Mamboo Pay, a carteira digital da marca, que permite aos utilizadores enviar dinheiro, dividir contas e realizar transacções de forma simples, segura e sem taxas.