TAAG "aluga" avião à companhia de bandeira de Cabo Verde
Visita oficial de João Lourenço cumpriu diversos objectivos mas as grandes novidades estavam reservadas para os acordos assinados ao nível dos transportes. Empresa nacional de bandeira aproxima-se de congénere de Cabo Verde e encontra uma solução para rentabilizar a frota.
O Boeing 737-700 daTAAG que foi disponibilizado à TACV - Cabo Verde Airlines deverá iniciar as operações na próxima semana com recurso a tripulação angolana em regime de wet lease, conforme explicou à imprensa a presidente do conselho de Administração da TACV, Sara Pires.
Segundo a Inforpress, a agência de notícias de Cabo Verde, o Boeing 737-700 foi cedido pela TAAG em regime de wet lease (modalidade em que o dono assegura a tripulação, bem como os serviços de manutenção necessários e o seguro obrigatório da aeronave) pelo menos durante os próximos dois meses. De seguida passará para o regime de dry lease para operar com as cores da TACV, ficando a tripulação, o seguro e todo o serviço de manutenção sob responsabilidade do pessoal cabo-verdiano.
De acordo com apurado pelo Expansão junto do ministério dos Transportes, no primeiro ano esta aeronave renderá uma facturação bruta de 3 milhões de dólares, 250 mil USD/mês.
A TAAG dispõe de nove aeronaves tipo Boeing mas apenas seis estão a servir rotas regulares. Os restantes três são utilizados de forma intermitente, sobretudo desde a chegada ao País dos Dash 8-400 de origem canadiana e que são mais indicados para os serviços de curta e média duração (incluindo ligações regionais).
O avião, com nome de baptismo "Calandula", entrará na próxima semana ao serviço da TACV e foi entregue directamente, em Luanda, a partir da fábrica norte-americana da Boeing no dia 31 de Agosto de 2006. "Assim que o aparelho for validado estará a operar. Nós estamos em crer que já na próxima semana o aparelho estará disponível para operar", disse Sara Pires na cidade da Praia, em Cabo Verde.
O Boeing 737-700 da TAAG tem capacidade para transportar 12 passageiros em Classe Executiva e 108 em Classe Económica. Um total de 120 assentos que, referiu Sara Pires, está adequado às viagens de média duração e serve "muito bem" para o destino que a companhia está a operar neste momento (Lisboa, em Portugal). "Só para dar um exemplo: o avião actual [um Boeing 757-200 fretado desde o final do ano passado à companhia espanhola Privilege Style] tem 188 lugares e temos feito as viagens com uma média de 120 a 130 passageiros. Este aparelho tem 120 lugares, quer dizer que para a rota Lisboa vai 100% cheio e isto quer dizer que vamos optimizar a ligação", sustentou a responsável pela companhia aérea de Cabo Verde.
(Leia o artigo integral na edição 666 do Expansão, de sexta-feira, dia 18 de Março de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)