De acordo com as autoridades de Pequim, a deslocação do chefe do governo chinês não estará só focada no estabelecimento e assinatura de acordos ligados à energia (fornecimento de petróleo) e aos recursos naturais.

Angola é o segundo maior fornecedor de petróleo à China, logo a seguir à Arábia Saudita.

O valor das trocas comerciais entre Luanda e Pequim fixou-se nos 37,5 mil milhões de US dólares, em 2012.

Prevê-se que neste périplo africano, que termina no próximo domingo, além de acordos na área energética, sejam celebrados, entre outros, entendimentos nos sectores, financeiro, agrícola e da indústria transformadora.

No início desta semana, na Etiópia, Li Keqiang anunciou um novo pacote de ajuda ao desenvolvimento de África, no valor de 12 mil milhões de dólares, e ofereceu também assistência tecnológica para a construção de ferrovias velozes no continente.

"Durante a visita do primeiro-ministro aos quatro países africanos serão assinados acordos de cooperação entre instituições financeiras e entre empresas, não se limitando os mesmos apenas ao petróleo e aos recursos naturais", esclareceu em Pequim Zhang Xiangchen, ministro-adjunto do Comércio, dias antes da partida para África, integrado na comitiva do líder do Governo chinês.

Sem avançar mais pormenores, Zhang falou, designadamente em acordos em áreas como "a agricultura, a indústria transformadora e infra-estruturas básicas".

A viagem do dirigente chinês a Angola acontece três dias depois da passagem por Luanda do secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

Esta será a primeira visita de Li a África desde que assumiu funções, em 2013, e segue-se à viagem efectuada ao continente pelo Presidente Xi Jinping, em Março do mesmo ano, momento em que Pequim anunciou uma linha de crédito de 20 mil milhões de US dólares destinada a países africanos, para o período 2013/2015.

"A ajuda a África é apenas uma parte das relações amigáveis e de cooperação da China com o continente. Essa relação inclui áreas como a política, o comércio, a economia, a cultura, a paz e a segurança ", salientou Zhang.

A viagem do primeiro-ministro Li coincide praticamente com 50.º aniversário da histórica visita do então chefe do governo chinês Zhou Enlai a 10 nações africanas, entre Dezembro de 1963 e Janeiro de 1964.

Expansão