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Angola

Lojistas continuam a vender motores na Av. Machado Saldanha

EM LUANDA

Os lojistas dizem que o governo provincial lhes deu autorização para continuar a vender, desde que não tenham os motores à vista. O GPL nega este facto.

Apesar das tentativas do Governo da Província de Luanda (GPL) de organizar o comércio e melhorar a fluidez do trânsito na Avenida Machado Saldanha, as lojas e armazéns de venda de motores continuam a vender, já que o GPL não disponibilizou um novo local para os lojistas. O encerramento oficial das lojas e armazéns há dois anos, tinha como motivação a reorganização do comércio, o que ajudaria a diminuir o tráfego na área.

Os lojistas afirmam que o GPL deu-lhes autorização para vender os motores no local, desde que não colocassem seus produtos à vista de todos. Entretanto, eles deveriam esconder as mercadorias em outra zona. "O governo da Província de Luanda pediu-nos que procurássemos, até encontrar um mercado, um armazém para guardar os motores. E autorizou-nos a abrir as lojas para simplesmente acolher os clientes", disse António Pedro, lojista há 5 anos.

O Governo da Província de Luanda (GPL) desmente a informação avançada pelos lojistas e diz que não se autorizou a reabertura das lojas e armazéns. De acordo com uma fonte próxima do GPL, que nos pediu para não ser identificada, os lojistas estão a agir de má-fé, porque o governo disponibilizou vários mercados, dos quais está o mercado do 11 de Novembro, mercado dos Combustíveis do Cazenga, mercado do Zango 4 e o mercado do 30. Eles recusaram os lugares e disseram que não irão para lá vender.

A falta de um mercado alternativo para os comerciantes fez com que muitos deles retomassem suas actividades no mesmo local. A acção do GPL, que visava trazer melhorias para a circulação e segurança na avenida, parece não ter alcançado os resultados esperados. Observa-se que os vendedores continuam a oferecer seus produtos à vista de todos, sem quaisquer restrições, o que mantém a situação de desordem que se pretendia evitar. O Expansão esteve semana no local. Muitos lojistas afirmam que não têm outra escolha, pois precisam sustentar suas famílias e não receberam nenhuma assistência adequada para se estabelecerem em outro lugar. A situação gera frustração para os comerciantes, que ainda enfrentam "dias difíceis".

As lojas e armazéns estão abertos e há circulação de pessoas no local. Entretanto, não são apenas os lojistas que estão presentes, também há mecânicos, que fazem seus trabalhos próximos à via pública, e de serralheiros. "Os motivos do encerramento destas lojas deveu-se ao facto destes comerciantes obstruírem os esgotos com diversos objectos, por se verificar muito lubrificante nas sarjetas, e muito mais", adiantou a fonte do GPL.

Recordar que há dois anos a estrada daquela encontrava-se degradada, o que impossibilitava a fluidez do trânsito. Mas hoje é diferente, o trânsito flui livremente, apesar de alguns congestionamentos que muitas vezes são causados pelos transeuntes e pelo comércio que ali é realizado.

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