Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Angola

Preços mais baixos aproximam compradores às marcas chinesas

PODER DE COMPRA OBRIGA A PROCURAR MELHORES PREÇOS

Depois de ultrapassadas algumas desconfianças relativamente à engenharia chinesa, os angolanos (e os africanos em geral) viram-se para viaturas mais baratas, com vários países de olho na produção local.

Apesar da evolução e das melhorias em engenharia, desempenho e assistência pós-venda das marcas chinesas e indianas, o grande factor de concorrência face às chamadas marcas tradicionais em Angola é mesmo o preço. O consumidor angolano está hoje mais virado para o preço, remetendo para segundo plano a qualidade e capacidade das viaturas das marcas tradicionais. Depois de uma rápida consulta em stands e páginas de comercialização de automóveis na internet, é possível concluir que a diferença de preços entre modelos similares pode atingir os 30% a 40%.

Enquanto a Jetour anuncia preços a partir de 10.300.000 Kz até 18.500.000 Kz, a Geely começa nos 12 milhões Kz no mais barato dos três modelos disponíveis (SUV de diferentes gamas e extras). No caso da Toyota, por exemplo, a viatura mais barata é o modelo Starlet a 11.300.000 Kz com os jipes Fortuner e Land Cruiser a rondar os 40.000.000 Kz.

Outra questão pode ter impacto nos preços é o possível desenvolvimento de uma indústria automóvel em Angola. Por enquanto, existe apenas uma fábrica (da Hawtai) pensada para 2.000 unidades/ano. Mas não existem registos sobre a produção actual, apesar de as viaturas do modelo Zenza serem vistas nas principais vias de comunicação do País. A Geely e a Jetour disseram ao Expansão que ainda não têm planos neste sentido. Mas estas tendências são visíveis noutras regiões do continente africano.

Ainda em 2021, a Associated Vehicle Assemblers (AVA), empresa fabricante de automóveis e veículos comerciais com sede em Mombasa, no Quénia, projectou a expansão das vendas de viaturas montadas localmente.

A empresa pretendia atingir as 6.000 unidades em 2021, um valor acima das 3.200 unidades montadas e vendidas em 2020. De acordo com o director administrativo, Matt Lloyd, este é um grande salto em relação à produção média dos últimos 15 anos, que foi de cerca de 2.400 automóveis.

"Em 2022, o nosso objectivo é produzir localmente cerca de 9.000 veículos", disse Lloyd. Em 2019 e 2020, 45% dos veículos comprados ou vendidos no Quénia foram montados localmente. A AVA, por exemplo, firmou parcerias com 10 empresas (Toyota, Scania, Volvo e Tata, entre outras) que pretendem montar veículos no Quénia.

A capacidade instalada das três principais fábricas de montagem no Quénia (AVA, Isuzu East Africa e Kenya Vehicle Manufacturers) é de 34.000 veículos/ ano. Por enquanto, apesar do aumento da quota de mercado, ainda vendem menos de 15.000 veículos novos anualmente

Logo Jornal EXPANSÃO Newsletter gratuita
Edição da Semana

Receba diariamente por email as principais notícias de Angola e do Mundo