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Angola

Desemprego coloca Angola no top dos países mais empreendedores do mundo

MESMO COM AS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS MENOS FAVORÁVEIS ENTRE 50 PAÍSES

Nos últimos anos o processo para começar um negócio tem sido fácil, porém o difícil tem sido manter-se no mercado. Estudos revelam que em cada cinco novos negócios que surgem no País três encerram as portas em apenas um ano. O empreendedorismo em Angola é liderado pelas mulheres.

O alto nível de desemprego é o principal factor do crescimento do empreendedorismo no País, já que empurra as pessoas para a criação de negócios, contribuindo para que Angola mantivesse, em 2022/2023, o primeiro lugar do ranking dos países mais empreendedores do mundo, de acordo com o relatório do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que avalia a actividade empreendedora em 50 países.

De acordo com o estudo da GEM, 90% dos 2.148 empreendedores angolanos que participaram no estudo afirmaram que criaram negócios para ganhar a vida porque a oferta de emprego é escassa. Já 67,9% disseram estar motivados em construir riqueza ou obter rendimentos muito elevados e 63,5% fizeram-no para fazer diferença ao mundo.

Das 50 economias analisadas, seis são africanas. Angola, que pertence ao grupo de países de rendimento baixo, é o país do mundo com a maior taxa de empreendedorismo (53,4%), seguindo-se a Guatemala (rendimento médio) com 29,4% e o Panamá (economia de rendimento elevado) fecha o pódio com 27,9%.

A elevada Taxa de actividade empreendedora (TEA) nas economias de rendimento baixo pode ser explicada pelos elevados níveis de desemprego, o que leva a que a população tenha tendência para enveredar para actividades empreendedoras, aponta o relatório. Os novos negócios que surgem estão inseridos (83,6%) no sector de actividade orientado ao consumidor.

Em Angola, é a necessidade de ter um rendimento que está na base para o empreendedorismo já que a economia nacional tem crescido muito abaixo do crescimento da população, o que faz com que a economia não crie os empregos formais necessários para acolher o número de pessoas que ano após ano entram em idade activa de trabalho. De acordo com o estudo, 78% dos inquiridos angolanos disseram que tencionam começar um negócio nos próximos três anos, ou seja, 78% dos angolanos pensa em empreender num futuro breve e, consideram fácil iniciar um negócio no País. Este indicador destaca-se ainda mais quando comparado com o dos países africanos que apresentam valores mais elevados depois de Angola: Tunísia com 53% e Togo com 52%.

Por outro lado, 77% consideram ser fácil iniciar um negócio no País, o que coloca Angola ao lado de países como a Suécia (80%), Polónia (79%) ou a Índia (78%). No entanto, os dados do relatório mostram que...

Leia o artigo integral na edição 747 do Expansão, de sexta-feira, dia 20 de Outubro de 2023, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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