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Angola

Inflação mensal de 2,15% em Outubro foi a mais alta dos últimos 25 meses

TAXA DE INFLAÇÃO HOMÓLOGA FIXOU-SE EM 16,58%

Os preços sobem onde dói mais: na saúde, alimentação e bebidas, vestuários e nos transportes. Se a inflação nacional está próxima dos 17%, em Luanda os preços sobem mais com taxa de inflação homóloga a rondar os 20,40%.

A cada mês que passa o custo de vida dos angolanos está mais alto, com a taxa de inflação a acelerar 0,05 pontos percentuais para 2,15% em Outubro, registando a taxa mais alta dos últimos 25 meses. Ou seja, é necessário recuar até Setembro de 2021 para encontrar uma taxa mensal mais alta que a verificada no mês passado, de acordo com o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) divulgado esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Com o crescimento da taxa mensal, a inflação homóloga disparou 1,57 pontos percentuais para 16,58%, a taxa homóloga mais alta dos últimos 12 meses. E tudo indica que os preços vão continuar a subir, já que quanto mais próximo da época festiva maiores são as expectativas de elevação dos preços, devido ao aumento da procura e do consumo dos bens e serviços. Assim, a taxa de inflação está agora próxima dos 17,8% previstos no OGE 2024 para o final deste ano, naquela que foi já a terceira revisão em alta do Governo para a inflação até ao final do ano. Ainda assim, esta última previsão continua abaixo das do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do BFA, que apontam a 18,8% e 20,0%, respectivamente.

O aumento dos preços que se tem verificado desde Maio (quando a taxa de inflação começou a crescer após 15 meses em queda) deve-se, sobretudo, à desvalorização do kwanza e aos efeitos da subida dos preços da gasolina.

Ao contrário do ano passado - marcado pela desaceleração dos preços devido à apreciação artificial da moeda nacional com o objectivo de baixar preços em ano eleitoral - o economista Carlos Lumbo entende que 2023 fica marcado pelo agravamento da inflação, com forte depreciação do kwanza, supressão dos subsídios de gasolina e, uma política monetária que se tem abstido entre elevar e reduzir a Taxa Básica de Juro. "Embora seja difícil, o melhor é optar por uma política monetária restritiva, pois há a probabilidade de a inflação homóloga em 2024 vir a aproximar-se de 30% ou mesmo ultrapassar essa taxa", considera o economista.

Assim, os preços sobem onde dói mais: a classe "Saúde" foi a que registou o maior aumento de preços, com uma variação de 2,66%, seguida das classes dos "Transportes" com 2,54%, "Alimentação e bebidas não alcoólicas" com 2,42% e "Vestuário e calçado" com 2,31%.

A taxa de inflação homóloga de Luanda registou um acréscimo de 4,32 pontos percentuais para 20,40%, em Outubro, face ao igual período do ano passado, muita acima da média nacional.

Em termos mensais, os preços da capital cresceram 2,99% e aceleram mais do que as demais províncias do País. Assim, Luanda com 2,99%, Huíla com 1,79% e Cabinda com 1,73% foram as províncias que registaram o maior aumento dos preços em Outubro. Ao passo que Moxico com 1,25%, Benguela, com 1,30% e Malanje com 1,34% tiveram menor variação dos preços.

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