Os preços dos Cabazes de Natal vão dos 15 mil aos 18 milhões de kwanzas
Apesar da crise económica algumas empresas continuam a apostar no negócio dos cabazes com "preços económicos e milionários". O Jumbo e o Kibabo não "alinharam" na venda de cabazes de Natal este ano. Ecoserv é a empresa com o cabaz mais caro no mercado.
Os preços dos cabazes de Natal variam, entre os 15 mil Kz e 18 milhões Kz, de acordo com o tipo, a qualidade e a quantidade dos produtos oferecidos, mas o cabaz mais caro este ano é mais barato do que no ano passado, na mesma loja, numa amostra escolhida pelo Expansão. No ano passado, o cabaz mais caro da Ecoserv, o ex- -libris Signature, custava 22,1 milhões Kz. Este ano, o mesmo cabaz estava ser vendido a 18 milhões Kz neste supermercado dirigido a consumidores com um poder de compra mais elevado.
Alguns cabazes de Natal mais simples podem ser encontrados a preços acessíveis (15 mil Kz), enquanto cabazes mais luxuosos e repletos de produtos gourmet podem custar 1200 vezes mais (18 milhões Kz).
Quanto ao cabaz de 15 mil Kz, é comercializado pelo supermercado Candando, que já teve uma posição forte no negócio dos cabazes, e que este ano oferece sete variedades, para vários tipos de bolsas, com o mais caro a custar 119.999 Kz.
Com a chegada das dificuldades económicas, em 2016, muitas empresas públicas e privadas começaram a ajustar as suas práticas relacionadas com os cabazes de Natal, uma forte tradição em Angola. Os cabazes eram oferecidos como presente aos funcionários, mas, com a crise, muitas empresas têm procurado alternativas mais económicas.
Algumas empresas passaram a oferecer cartões de presente ou vales de compras em vez de cabazes. Isso permite que os funcionários escolham os seus próprios presentes, em função das necessidades, ao mesmo tempo que reduz os custos para as empresas. Esta mudança de padrão obrigou o comércio a ajustar-se. Muitos supermercados continuam a vender cabazes, mas com preços ajustados à realidade económica, oferecendo opções mais acessíveis.
A Maxi e o Candando são das empresas que optaram por apresentar cartões de presente, como o Dando Candando e o Classic, com preços que vão dos 15 mil Kz a mais de 1 milhão Kz.
Numa ronda que o Expansão fez por alguns supermercados e hipermercados, constatou que os supermercados Megáfrica, Multiáfrica, Candando e o Ecoserv são os poucos que continuam a apostar no negócio de cabazes, sendo que o supermercado Jumbo deixou de os incluir na sua oferta, por razões que a área comercial da empresa não explicou.
O grupo Candando compôs oito cabazes, dos 15 mil Kz aos 119 mil. Já o supermercado Maxi dispõe de um cabaz classic, que custa 50 mil Kz, e os cartões corporativos.
Na Megáfrica podem encontrar-se 10 cabazes, para várias bolsas. O mais barato custa 59.900 Kz e o mais caro 8,99 milhões Kz. No supermercado Multiáfrica, também há 10 cabazes, mais um especial criança, o mais barato deles tudo, sendo vendido a 65 mil Kz. O mais caro aqui é de 9,5 milhões Kz.
A empresa Ecoserv dispõe dos cabazes mais caros no mercado, com valores que vão de 259 mil Kz a 18 milhões Kz.
Antes de 2017, os cabazes, além de proporcionarem "mesa farta" aos trabalhadores das grandes empresas públicas do país, também davam margens de milhões às empresas fornecedoras, já que eram produtos importados em moeda estrangeiras e faziam render alguns milhões de dólares a quem os transaccionava.
De referir que, os cabazes de Natal são cestos ou caixas contendo uma variedade de produtos alimentares e não alimentares, oferecidos como presentes durante a época natalícia.