Autoridades estão a investigar denúncia da EcoAngola relacionada com o extermínio de tubarões
A directora do Instituto da Biodiversidade e Área de Conservação, do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, Albertina Nzuzi confirmou que as autoridades angolanas já estão no terreno a investigar a denúncia sobre o extermínio de tubarões nas províncias de Luanda e Benguela, feita pela EcoAngola.
Ao Expansão, a directora-executiva da EcoAngola, a ambientalista Érica Tavares, confirmou que a EcoAngola recebeu as denúncias, nos dias 12 e 17 de Setembro, relacionadas com a captura e abate de tubarões, supostamente por "cidadãos de nacionalidade chinesa que pagam aos pescadores para pescarem tubarões, apenas para aproveitarem as barbatanas".
A denúncia do dia 12 relatava que no dia anterior, 11, "inúmeros peixes (raias e especialmente tubarões) estavam a ser retalhados, mas eram apenas removidas as barbatanas e os peixes posteriormente deitados fora", na praia do Mundial, em Cacuaco, Luanda.
A ocorrência do dia 17, testemunhada por vídeo enviado à EcoAngola, referia-se ao "extermínio de tubarões, mas desta vez, em Benguela".
A situação relatada vai de encontro à informação de que dispõe a responsável do Instituto da Biodiversidade e Área de Conservação acerca de apreensões de barbatana de tubarão, feitas no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, envolvendo cidadãos asiáticos.
A EcoAngola manifestou-se preocupada com a situação, dada a importância destes animais marinhos "para a manutenção e equilíbrio dos ecossistemas marinhos. Sem eles podemos causar grande desequilíbrio na nossa flora e fauna marinha", refere a organização.