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Banco de Portugal com "reservas" sobre entrada do libanês Tamraz no EuroBic para o lugar de Isabel dos Santos

Regulador já alertou accionistas do banco

Por considerar que o libanês Roger Tamraz - interessado em ficar como accionista maioritário no Eurobic, através da aquisição da participação de Isabel dos Santos e outros -, deu informação errada ou imprecisa, o Banco de Portugal (BP) está a levantar reservas à entrada do presidente da Netoil na banca portuguesa, apesar do regulador não ter recebido ainda uma proposta para formalizar o negócio.

Segundo o Jornal de Negócios, na sua edição de hoje, o BP advertiu por carta, os accionistas do EuroBic para esta situação, em finais do ano passado.

Na missiva, o Banco de Portugal advertiu os accionistas que estes deveriam proteger a instituição. Segundo o Negócios o banco central luso "não comenta matérias sujeitas a dever de segredo" e recorda que a autorização do negócio é da "competência exclusiva do Banco Central Europeu (BCE), sob proposta do Banco de Portugal".

Tal como o Expansão tem vindo a noticiar, o investidor libanês Roger Tamraz está disposto a pagar mais de 143 milhões de euros por 47,5% do Eurobic, que corresponde aos 42,5% de Isabel dos Santos e aos 5% de Sebastião Lavrador.

O Negócios refere que Tamraz admitiu recentemente adquirir não só as posições de Isabel dos Santos (42,5%) e de Fernando Teles (37,5%), mas também as de Luís Cortez dos Santos, Manuel Pinheiro Fernandes e Sebastião Lavrador.

Também o jornal português ECO chegou a noticiar que "a empresária angolana já chegou a um acordo com o empresário líbio Roger Tamraz para alienar a sua posição num negócio em que avalia o EuroBic em 60% dos capitais próprios".

Recorde-se que a venda do EuroBic foi despoletada no início de 2020 após as revelações resultantes do Luanda Leaks, na sequência da investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (CIJI).

Roger Tamraz, libanês, é um banqueiro internacional e investidor de capital de risco que tem uma carreira activa em negócios de petróleo e gás no Médio Oriente, Europa, Ásia e Estados Unidos desde os anos 60. É presidente da Netoil, empresa constituída no Reino Unido, com escritório no Dubai, tem vastos projectos internacionais nas áreas da energia, recursos naturais, mineração, finanças, banca, hotelaria, imobiliário e aviação. Na área da energia, a Netoil explora diversos campos e blocos petrolíferos, gás, oleodutos e gasodutos e refinarias.