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África

Nigéria recusa novas desvalorizações da naira que em 2020 perdeu quase um quarto do seu valor

Governo contraria recomendações do FMI

O governo da Nigéria opõe-se a nova desvalorização da naira, como recomenda o Fundo Monetário Internacional, que considera que a moeda nacional está sobrevalorizada, em mais de 18%, dificultando os esforços governamentais para aliviar os desequilíbrios externos e para promover o crescimento económico num país que continua dependente das exportações de petróleo, que respondem por 90% das vendas ao exterior.

O executivo do Presidente Muhammadu Buhari tem resistido aos apelos de empresas e governadores estaduais "penalizados por uma moeda sobrevalorizada artificialmente", refere o FMI, sublinhando que a "diversificação bem-sucedida" da economia exige "abertura comercial e disciplina competitiva". Diversificação que é fundamental para aumentar os níveis de receita," um dos mais baixos do mundo" em proporção do PIB, e para criar os 5 milhões de novos empregos/ano na próxima década para "acomodar um número crescente de jovens que entram no mercado de trabalho".

Apesar dos apelos de empresários e da pressão do FMI, o go- verno nigeriano resiste. Alega que uma nova depreciação da naira, dois meses depois de o Banco Central desvalorizar a moeda em 10%, aumentaria a inflação, que subiu em Dezembro de 2020 para 15,5%, a taxa mais alta dos últimos três anos.

O desacordo entre governo e FMI arrefece as expectativas do mercado quanto a novas desvalorizações, após um ano em que o banco central reduziu o valor da naira em quase um quarto, como resposta à queda do preço do petróleo, sendo necessários 379 nairas para comprar um dólar, na passada terça-feira, dia 9.

(Leia o artigo integral na edição 611 do Expansão, de sexta-feira, dia 12 de Fevereiro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)