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"É preciso investir urgentemente na família, na saúde e na educação"

Thó Simões

Empurrado para o desemprego em 2014, assumiu a expressão artística a tempo inteiro e revelou-se como um criador de inúmeras capacidades. Olha para arte como uma vocação e confessa que vive cada vez mais apaixonado e entusiasmado. O artista de corpo inteiro na entrevista ao Expansão.

É um artista que recusa utilizar rótulos que limitem a sua expressividade, prefere estar longe das definições pré-estabelecidas. O que é que o motiva a ter essa postura?

A resposta já está na pergunta. Para não ter a minha criatividade limitada por terceiros, censura, ou qualquer outro tipo de castração, principalmente para me lembrar a mim mesmo que a imaginação e criatividade não obedecem a limites. Essa é uma liberdade que não quero perder.

Teve contacto com a arte a partir dos desenhos de seu pai, a ilustração do rosto da sua mãe. Mas quando é que percebeu que era o caminho da arte que queria trilhar?

Não foi uma percepção repentina, sempre senti. Acho que ao longo da minha vida nunca tive dúvidas acerca disso, desde cedo que as actividades que mais me interessavam estavam ligadas às expressões artísticas e ao desporto. Nasci em 1973, não foi nada fácil chegar ao século XXI, e posso afirmar que foi a minha paixão pelas artes que me ajudou a chegar até aqui.

Já se arrependeu de ter escolhido este caminho que é fazer arte no País?

Nunca, pelo contrário, se me fosse dada a oportunidade de recuar no tempo e recomeçar, fazia tudo de novo. Só que bem melhor, sem cometer alguns erros (risos).

Que lembranças tem da sua infância, um menino calmo ou muito activo?

Nunca fui uma criança calma, era muito extrovertido e traquina. Gostaria de ter tido uma infância melhor, mas não me posso queixar, tudo pelo que passei ajudou-me a construir a pessoa que sou hoje.

Como está a viver esta fase?

A viver com a mesma garra de sempre, cada vez mais entusiasmado e apaixonado pela vida.

A Covid-19 deu-lhe preguiça de trabalhar ou motivou-o?

Não tive tempo de me espreguiçar, trouxe-me novos desafios. Na altura eu estava em plena produção da sexta edição do Fuckin"Globo, de repente a Covid-19 entra em cena, mas nem isso nos desanimou. Não desistimos, não cancelámos, redesenhámos tudo com base na nova realidade e transformámos o evento numa grande exposição virtual. Que acabou por ser muito bem explorada pelos artistas e pelo nosso público que estava confinado em suas casas. Durou cerca de 2 semanas, mais ou menos. Por conta dessa capacidade de reinvenção foi eleita pela conceituada revista norte americana ArtForum, uma das melhores exposições de 2020, e convém lembrar que o Fuckin"Globo é inteiramente financiado e produzido pelos próprios artistas e amigos.

(Leia a entrevista integral na edição 612 do Expansão, de sexta-feira, dia 19 de Fevereiro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)