Maurícias é o melhor e Sudão o pior para mulheres trabalharem
As Maurícias é o melhor país em África para as mulheres trabalharem e o único na África Subsariana que supera a marca dos 90 pontos (num total de 100), muito acima da média global de 76.1, num relatório do Banco Mundial que analisa a legislação laboral facilitadora da integração das mulheres no mercado de trabalho em 190 economias.
Num ano em que a pandemia agravou as desigualdades, o número de países que fizeram reformas bateu recordes, com 27 economias em todas as regiões a removerem "obstáculos à inclusão económica das mulheres". Em 10 economias, as mulheres têm uma situação legal igual aos homens revela o estudo "Mulheres, Negócios e Leis 2021".
A maioria das reformas realizadas em 2020 afecta os salários das mulheres e as condições de trabalho após a maternidade. A Etiópia, por exemplo, aumentou a licença de maternidade paga de 90 para 120 dias e garantiu o direito a três dias de licença de paternidade, pela primeira vez.
Todas as regiões melhoraram, o que fez subir a média mundial de 75.5 para 76.1, o que quer dizer que cerca de três quartos no mundo atingiram boas práticas. Mas foi no Médio Oriente e Norte de África que se deu a maior subida na pontuação, embora seja aqui também o local do globo onde as mulheres enfrentam mais restrições e dificuldades no acesso ao mercado de trabalho.
O índice vai até 100, a melhor pontuação no global de 35 questões colocadas em oito indicadores: mobilidade, ambiente de trabalho, salários, licença de maternidade e paternidade, empreendedorismo, activos (propriedade) e pensões de reforma.
Dez economias, mais duas que no relatório anterior, obtiveram a pontuação máxima - Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Islândia, Irlanda, Letónia, Luxemburgo, Portugal e Suécia -, o que quer dizer que nestes países "as mulheres estão em situação legal igual aos homens em todas as áreas medidas". Irlanda e Portugal atingiram este ano, o top 10 dos melhores e quer um quer outro estão entre as 28 economias que melhoraram numa ou em mais áreas. Entre elas estão seis africanos: Ruanda, Benim, Etiópia, Madagáscar, Serra Leoa e Senegal, por ordem no índice.
(Leia o artigo integral na edição 615 do Expansão, de sexta-feira, dia 12 de Março de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)