A marca "This Is Not a White Cube" chega agora a Portugal. Normalmente as coisas começam fora e só depois chegam a Luanda. Como é vivenciar esta experiência inversa, digamos?

O projecto começou em Luanda, fruto de uma coincidência da vida pessoal que me fixou em Angola. Durante 7 anos desenvolvi diversos projectos locais e fizemos consultoria artística e cultural para o Banco Económico. Tudo começou com uma paixão, uma ideia, e a vontade de levar estes artistas mais longe e de forma consolidada. Um projecto pessoal tornou-se num projecto profissional que se quer cada vez mais, evolutivo. Todo este processo exigiu muita energia, força de vontade e resiliência, mas sinto que valeu a pena, já que muitos destes artistas tiveram o nosso apoio no desenvolvimento das suas carreiras. O mercado da arte em Angola tem sofrido uma profunda evolução ao longo dos últimos anos. Localmente, tem-se vindo a verificar um importante desenvolvimento no sentido da sua formalização e de alinhamento com os critérios praticados internacionalmente.

Hoje os artistas procuram mais o profissionalismo?

Este facto deve-se sobretudo à profissionalização e internacionalização gradual de algumas das estruturas que integram o sistema de arte contemporânea no território nacional e dos artistas que as mesmas representam, seja por via da participação em exposições, feiras de arte e bienais, seja por via do impulso potenciado pela integração em residências artísticas e curatoriais.

(Leia o artigo integral na edição 626 do Expansão, de sexta-feira, dia 28 de Maio de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)