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Economia

Petróleo dá gás à economia angolana até ao III trimestre

ECONOMIA CRESCEU 4,7% ENTRE JANEIRO E SETEMBRO

A economia angolana cresceu 4,7% nos primeiros nove meses deste ano e está em crescimento há 14 trimestres consecutivos em termos homólogos, sobretudo devido à recuperação verificada no sector petrolífero depois da hecatombe registada no ano passado daquele que é o sector que maior peso tem no Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com cálculos do Expansão a partir das Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nestes primeiros noves meses, em termos acumulados a extracção e refinação de petróleo subiu 4,1% face ao período homólogo, depois de no mesmo período em 2023 ter caído 3,9% face ao período entre Janeiro e Setembro de 2022, sobretudo devido a paragens programadas e não programadas nos blocos petrolíferos. Isto porque 2022 foi um ano de alta de preços do barril de crude, tendo as petrolíferas, pressionadas pelo Executivo, literalmente "aberto as torneiras", o que acabou por se "pagar mais tarde", com a necessidade de reparações em alguns dos principais blocos do País.

O petróleo continua, assim, a ser o sector com maior peso no Produto Interno Bruto angolano, apesar de ter vindo a cair nos últimos anos, devido ao declínio natural da produção, que já roubou mais de 700 mil barris de petróleo por dia em meia dúzia de anos à produção nacional. Este sector vale quase um terço do PIB, mais concretamente 29,3%. Desde o I semestre de 2016, este sector apenas não caiu em todo o ano de 2022 (o ano em que a economia angolana mais cresceu desde 2014) e nos primeiros trimestres de 2024, o que faz antever um crescimento económico para este ano superior ao crescimento da população (3,1%).

Em termos acumulados, e fora o petróleo, a empurrar o crescimento do PIB para cima nos primeiros três trimestres esteve também a extracção de diamantes (+36,8%), os transportes e armazenagem (+14,1%), as pescas (+11,6%), a electricidade e água (7,0%) o comércio (4,9% - sector vale 22,5% do PIB), outros serviços (4,6%), agro-pecuária e silvicultura (4,1%), administração pública, defesa e segurança social obrigatória (3,8%). Por outro lado, a empurrar a economia para baixo esteve os correios e telecomunicações (-2,8%).

Se em termos acumulados o PIB angolano cresceu 4,7%, já em termos homólogos o III trimestre expandiu 5,5% face ao mesmo período do ano passado.

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