A insígnia Deskontão abriu esta quarta-feira a sua 5ª loja no País, situada no Alegro Retail Park de Talatona, em Luanda. Na verdade trata-se da transferência da loja que já existia no local para um espaço mais amplo, no seguimento de uma estratégia que já estava pré-acordada com o parceiro. "Quando abrimos a outra loja há dois anos sabíamos que era um espaço provisório, uma vez que o nosso parceiro estava a construir um Retail Park ao lado, e quando este estivesse pronto, mudaríamos para o local definitivo. E isso aconteceu agora", explicou António Leal, CEO da Score Distribuição, empresa que é proprietária da cadeia Deskontão.

A nova loja é cerca de 1/3 maior do que a anterior, tem uma área de venda de 1.700 m2 para uma área total de implantação de 2.300 m2. "A nossa aposta continua a ser nos frescos e congelados, sendo que o conceito se mantém relativamente ao que os nossos clientes já estão habituados. O facto de ser maior permite-nos no entanto ter secções maiores, nomeadamente frutas e legumes, peixaria, talho, e também uma garrafeira mais generosa. A politica de preços mantém-se, tendo os mesmo valores em todas as lojas que temos na cidade. Não há qualquer diferença", acrescenta António Leal, que reforça, "obviamente que pelo facto de ser maior face à anterior, permite- -nos alavancar o sortido. Estamos a trabalhar na loja com cerca de 5.000 referências".

Relativamente ao que é a sua maior aposta, os frescos, já existe uma forte componente de produção nacional nas suas prateleiras. "Diremos que, por exemplo, nas frutas e legumes, entre 90% a 95% são produtos nacionais, apenas com algumas excepções como kiwis ou framboesas, que não se produzem no País. Nas carnes, o abastecimento é 100% feito em Angola, nos peixes a quase totalidade também é nacional, com excepção da dourada, robalo e salmão, que importamos meia-dúzia de caixas, e que na verdade não valem muito no total das vendas. E pelos preços que têm, estamos a importar cada vez menos", diz.

António Leal confirma que nesta área dos frescos existem mais operadores, embora refira que ao nível da apresentação (lavagem e embalagem) e da calibragem, ainda existem carências por parte dos fornecedores, o que obriga a fazer isso internamente. "Na área dos legumes, por exemplo, já existem dois operadores organizados que fazem este trabalho e entregam os produtos prontos para ir para a prateleira, a Novagrolíder e a Fazenda Girassol, mas para os restantes ainda estão longe. Ainda compramos a granel".

Uma das vantagens desta nova loja face à anterior é a capacidade do parque de estacionamento, são 160 lugares, que apesar de não ser exclusivo para a loja mas para todo o Retail Park, permite o acomodamento de mais viaturas para os seus clientes. Acrescentar que este Deskontão emprega 95 colaboradores directos e tem cerca de 30 posto de trabalho indirectos.

Projectos futuros

A insígnia Deskontão nasceu em 2013, detida pela Score Distribuição, tem neste momento 5 lojas, sendo que o estabelecimento de referência continua a ser a loja da Nova Vida, onde existe também uma placa logística de produtos secos. Sobre o futuro da cadeia, António Leal referencia dois projectos.

"Nesta altura temos dois projectos em carteira. O primeiro é abrir mais uma loja no centro de Luanda, no triângulo Vila Alice- -Alvalade-Maculusso, naquilo que chamos a parte de cima do centro da cidade, uma vez que já temos uma loja na zona ribeirinha. Pensamos que existe poder de compra e clientes naquela zona, sendo que já temos o projecto e estamos em negociação para a definição final do local e início da implantação", explica.

A cadeia vai também avançar para a construção de um projecto logístico, um armazém de percíveis com uma área de 4.000 m2, com o objectivo de centralizar o abastecimento e distribuição para as lojas de produtos frescos. Terá também uma unidade para "trabalhar" congelados. "Vai ser adjacente à nossa unidade da Nova Vida, onde já temos a unidade de não-percíveis, sendo que vamos também construir uma nova unidade de produção de produtos de padarias e pastelaria para substituir a anterior, hoje todos estes produtos que vendemos nas lojas já são produção nossa, mas é uma secção que está a crescer. Estamos nesta altura a tratar do financiamento, possivelmente recorrendo ao aviso 10, mas já temos o projecto feito", explica.

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