Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Empresas & Mercados

Fábrica Lisa Pulsaris retoma em Março

Parada desde Abril de 2020

Apanhada de surpresa pela Covid-19, a empresa de montagem de telemóveis teve de suspender a actividade por não ter matéria-prima. Ultrapassadas as dificuldades, director executivo acredita que vão retomar em Março.

A fábrica de montagem de telemóveis Lisa Pulsaris Electronic (Lisa) prevê retomar as actividades no primeiro trimestre deste ano depois da suspensão, anunciada em Março de 2020, devido ao surgimento da pandemia Covid-19 que condicionou a importação de matéria-prima da China.

Morato Custódio, director executivo da empresa, lamentou que a Lisa Pulsaris Electronic tenha interrompido a actividade. "A empresa está num processo de reestruturação comercial no sentido de se adequar ao actual contexto, entretanto, a expectativa dos accionistas é retomar as actividades em Março deste ano", explica, acrescentando que a matéria- prima de que se trata é essencialmente os teclados dos telemóveis e as placas main board.

Para diversificar a fonte de fornecimento da matéria-prima, a empresa estabeleceu parcerias ou acordos com outros fornecedores para importar do Ruanda ou da África do Sul, países africanos onde já se produz o material.

A empresa, localizada no Kikuxi, em Luanda, tem capacidade para montar 390 mil telemóveis por mês. Em 2019, montou 30 mil telemóveis solicitados pelas operadoras Unitel (Laranjinha) e Movicel (Moranguinho). No referido ano, a empresa conseguiu uma receita de 5 milhões USD. Recorde-se que a suspensão da actividade levou ao adiamento do lançamento do tablet e do smartphone da empresa.

Trabalhadores preocupados com salários em atraso

Mais de 100 trabalhadores estão preocupados com os seus postos de trabalho e reivindicam o pagamento de nove meses de salários em atraso, lamentando ainda a falta de contacto com a direcção da empresa.

"Desde que a empresa suspendeu as actividades que não temos nenhum contacto com os responsáveis. A paralisação foi concretizada de forma verbal e não documental, então tememos que não nos paguem os nossos salários porque sem documentos não temos como recorrer às outras instâncias para reivindicar os salários em atraso", explica uma das funcionárias que pediu anonimato.

Morato Custódio, director executivo da empresa, explicou que antes da suspensão ficou acordado com os funcionários que assim que a empresa retomasse as actividades seriam chamados, porque não estavam dispostos a desperdiçar todo o investimento feito nos funcionários.

"Investiu-se muito na capacitação dos quadros e a empresa não quer perdê-los, por isso o acordo foi de que ficariam em casa. Assim que a empresa retomasse as actividades seriam novamente contactados, porque não temos intenção de rescindir os contratos. E quando retomarmos vamos pagar todos os salários com os seus retroactivos", garante o director executivo da empresa.

Logo Jornal EXPANSÃO Newsletter gratuita
Edição da Semana

Receba diariamente por email as principais notícias de Angola e do Mundo