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Lucapa Diamond Company com licença de exploração de 35 anos

EXPLORAÇÃO DIAMANTÍFERA

O acordo surge cerca de cinco meses depois da solicitação da empresa que trabalha há cerca de seis anos na prospecção.

 

A diamantífera australiana Lucapa Diamond Company anunciou, esta semana, a assinatura de um contrato de 35 anos para exploração de diamantes aluviais na mina de Lulo, a Norte de Luanda onde realiza trabalhos de prospecção há cerca de seis anos.

O período é o máximo previsto pelo Código Mineiro em vigor e, à luz da lei, inclui o período de prospecção e avaliação (varia entre 5 e 7 anos), fimdos os quais caducam e a mina reverte a favor do Estado. No entanto, o Código salvaguarda ainda a possibilidade de prorrogar-se a licença por um ou mais períodos de dez anos cada, cláusula também accionada pelas partes, segundo o comunicado da empresa que o acordo surge cerca de cinco meses depois de a empresa requerer.

A empresa pode repatriar parte dos lucros, segundo a licença que cobre uma área de 218 km2 na mina de Lulo, incluindo 50 quilómetros do rio Cacuilo onde a empresa tem recuperado diamantes excepcionais no processo de prospecção. Segundo a empresa, a licença é o culminar de seis anos de investimento contínuo em pesquisa e amostragem de massa programas de kimberlito e aluviais de diamantes na mina de Lulo, acrescentando ser objectivo da empresa construir uma casa de mineração de diamantes premium.

Para o próximo ano a empresa espera conseguir a licença para exploração de diamante de kimberlito. A mina de Lulo está localizada a 150 km da de Catoca, que actualmente é a maior mina de diamantes de Angola e o quarto maior tubo de kimberlito produzindo no mundo. Lulo e Catoca estão localizados na mesma correia geológica, o Lucapa Graben e responsáveis da Lucapa Diamond Company acredita na possibilidade de Lulo tornar-se a mina líder do País.

Tal crença deve-se, sobretudo, às pedras valiosas encontradas durante os trabalhos de prospecção. Temos vindo a encontrar alguns dos melhores diamantes do mundo na mina de Lulo e estamos ansiosos e com tremenda emoção para encontrar mais, disse o director executivo da empresa Stephe Wetherall.

Continuando, explicou que a empresa facturou cerca de 6 milhões USD com os diamantes recuperados na fase de prospecção, alcançando uma média de cerca de 7.000 USD por quilate, o que é extraordinário quando comparado com a venda média global preço de apenas 120 USD por quilate.

No global a empresa recuperou cerca de 876,5 quilates, destacando-se uma pedra de 95,45 quilates e outra de 131,4 que é, de resto, o maior encontrado pela empresa. Estes diamantes incluem grandes pedras excepcionais, raros diamantes do tipo IIA, rosa e amarelos que fazem de Lulo uma concessão verdadeiramente única e excepcional, argumentou.

A diamantífera acredita que encontrará mais diamantes do tipo 2A com mais de 130 quilates na referida mina, segundo o director da empresa Miles Kennedy. Segundo explicou, os geólogos da empresa depositam esperança numa das quatro amostras efectuadas, a mesma onde foram descobertos 50% dos doze diamantes mais valiosos descobertos pela empresa na actividade de prospecção, iniciada em 2010. Por outro lado, a nível internacional, as acções da empresa australiana Lucapa Diamond dispararam após o anúncio da assinatura da referida licença.

A Lucapa Diamond Company é detentora de 40% da Sociedade Mineira de Lulo, enquanto a a Endiama é detentora de 33% e a empresa privada Rosas e Petalas SA é detentora da restante participação. Esta empresa, propriedade do advogado Celso Rosa, era a detentora da concessão desde 2002, até que foi posta a concurso pelo Governo em 2008.

Quarto maior produtor de diamantes do mundo por valor e o sexto em volume, Angola trabalha no sentido de atrair mais investimentos estrangeiros com alterações no código mineiro.

O potencial do País para novas descobertas de diamante tem sido reconhecido por duas das maiores operadoras do mundo: De Beers e Alrosa, esta última opera a mina de Catoca, com uma produção anual de 6,5 milhões de quilates.

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