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Site de classificados OLX faz um ano em Angola com 14 mil utilizadores/dia

Comércio electrónico

Angolanos recorrem cada vez mais a dispositivos móveis para aceder ao portal de classificados gratuitos que existe há um ano no País. Automóveis, imóveis, telemóveis, animais e empregos são os itens mais procurados.

Cerca de um quarto dos utilizadores do OLX Angola acede ao portal de anúncios grátis através de dispositivos móveis, revela ao Expansão o fundador da empresa, que está a celebrar um ano de operações nos mercados angolano e moçambicano. Miguel Mascarenhas acredita que esta forma de aceder ao portal vai crescer mais do que em Portugal - onde o OLX existe há um ano e meio e cerca de 20% dos utilizadores recorrem a dispositivos como telemóveis ou tablets para colocarem anúncios ou estabelecerem contacto com vista à aquisição de artigos no site.

Entre as primeiras quatro semanas de operação e o final do mês de Janeiro, explica Miguel Mascarenhas, o tráfego no portal angolano cresceu entre 600% e 700%, havendo actualmente perto de 14 mil utilizadores diários, face a cerca de 10 mil no OLX Moçambique. Já as páginas vistas (page views) no site angolano (www.olx.co.ao) ascenderam a cerca de 4 milhões em Janeiro, que comparam com 3 milhões na página de domínio moçambicano (www.olx.mz.ao ).

"O crescimento do tráfego via dispositivos móveis vai ser superior quer em Angola, quer em Moçambique, face a Portugal", afirma o gestor, que acredita que, dentro de dois anos, metade dos utilizadores aceda aos sites destes mercados por esta via.

O responsável faz um balanço "muito positivo" do primeiro ano de operação nestes países, onde a adesão aos respectivos portais foi significativa. Segundo Miguel Mascarenhas, a página do OLX Angola no Facebook tem já cerca de 90 mil gostos, e a de Moçambique perto de 60 mil, colocando os sites no top 10 em ambos os mercados. Em termos de page views, o OLX Angola está no top 20 dos sites mais consultados no País, afirma.

A empresa opera, por enquanto, os portais a partir de Portugal, mas admite, "dentro de um a dois anos", criar estruturas locais, até para promover e dinamizar o lançamento de outros sites de e-commerce que detém no país de origem, nomeadamente de venda de automóveis (StandVirtual.com), imóveis (Imovirtual. com) e artigos diversos (Coisas.com).

"As taxas de penetração de Internet em Angola rondam os 14%. Quando atingirem os 25%, as operações vão ganhar escala", antecipa Miguel Mascarenhas, que está a constituir em Lisboa equipas de marketing e gestão compostas por angolanos e moçambicanos, para ajudar a empresa a perceber melhor as "especificidades e forma de pensar" dos utilizadores nos dois países africanos. Estas equipas, diz, podem, no futuro, vir a instalar-se em Angola ou Moçambique, até porque o lançamento dos chamados sites verticais do grupo requer uma estrutura comercial local.

Novos sites em estudo

Ao contrário do OLX, destinado a transacções de artigos, geralmente usados, entre consumidores finais (Consumer to Consumer, ou C2C) os outros portais são plataformas que envolvem comerciantes, de carros, ou imóveis, por exemplo, e consumidores finais (business to consumer, ou B2C), e isso requer a existência de "fortes equipas comerciais no terreno", afirma. No OLX de Angola, os anúncios de venda de automóveis e imóveis constituem cerca de metade do total, mas há também muitos classificados relativos a telemóveis, animais e mercado laboral.

A empresa desconhece o volume movimentado nas transacções, uma vez que estas são realizadas presencialmente, entre quem vende e quem compra. "O site apenas coloca as pessoas em contacto", explica Miguel Mascarenhas.

Quer em Angola quer em Moçambique, os dois OLX têm uma especificidade: os preços dos artigos estão quer nas moedas locais, quer em dólares, que são muito usados como termo de comparação ou mesmo directamente nos dois países., adianta.

Os OLX Portugal, Angola e Moçambique, assim como o Imovirtual, o Stand Virtual e o Coisas, são detidos pela Fixeads, empresa criada em 2007. Em 2012, a empresa foi parcialmente adquirida pelo grupo de media sul-africano Naspers, que detém, entre outras marcas, a MultiChoice e a DStv, e pela OLX Internacional (que cede direitos de lançamento do portal, em franchising, para todo o mundo).

No próximo mês, revela Miguel Mascarenhas, a empresa vai realizar campanhas de promoção do OLX em Angola, quer através da TPA e da TV Zimbo, quer das plataformas da Naspers no País.

David Rodrigues

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