Banco Económico com mais 15 dias para apresentar um plano ao BNA
A administração do Banco Económico (BE) estava obrigada a apresentar até 22 de Novembro, ao banco central, o novo plano de reestruturação que contempla um aumento dos capitais próprios na ordem dos 1,1 biliões kwanzas, na sua maior parte, pelos depósitos dos clientes com mais de 3 mil milhões kwanzas
Agora, e segundo o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, o banco central acedeu ao pedido de uma moratória pedida pela administração do BE por um período de quinze dias. Prazo que termina a 07 de Dezembro.
Além do dinheiro dos depositantes, o empréstimo de cerca de 340 milhões dólares que o Novo Banco fez ao Banco Económico em 2014 (no âmbito da intervenção estatal no BESA), será convertido em capital social, permitindo ao banco português, que renasceu das cinzas do Banco Espírito Santo. ficar com um capital social de 9,9%.
Ou seja, em vez de ver a sua participação de 9,72% diluída com o próximo aumento de capital, o banco português verá a sua posição reforçada, o que, e segundo o português jornal Expresso, está a assumir contornos diplomáticos. Isto porque estava previsto que o Fundo de Resolução, que resgatou o antigo BES, recebesse eventuais ganhos que o Novo Banco obtivesse acima da imparidade sobre o empréstimo de cerca de 340 milhões dólares. Dito de outro modo, o Novo Banco já só esperava receber 10% do valor desse empréstimo, e caso viesse a receber mais, esse dinheiro ia para o Fundo de Resolução.
Como o modelo encontrado para resgatar o Banco Económico prevê trocar esse crédito por capital social significa que mais uma vez os contribuintes portugueses ficam a 'arder' com um banco em Angola, precisamente o que renasceu das cinzas do Banco Espírito Santo Angola.