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Fundo petrolífero privado para apoiar conteúdo local arranca com 500 mil USD

Vai cobrar 9% por financiamento

Um grupo de angolanos vai avançar com um fundo petrolífero para financiar empresas de conteúdo local com contratos com operadores de petróleo, arrancando numa primeira fase com um capital de 500 mil USD e com a expectativa de aumentar para 200 milhões USD dentro de três meses.

Esse aumento resulta de entendimentos com bancos e fundos estrangeiros, oriundos do Dubai, Reino Unido e África ou Nigéria, segundo avançou ao Expansão Berta Issa, responsável do fundo e vice-presidente da Associação das Empresas Autóctones para a Indústria Petrolífera de Angola (ASSEA).

"Não há muitos fundos petrolíferos no mundo. É um negócio de união e é preciso manter esse espírito. O nosso objectivo com este fundo passa por criar riqueza nacional e contribuir para a diversificação", admite.

O sector do petróleo em Angola tem funcionado da seguinte forma: os operadores (grandes petrolíferas internacionais) para executar trabalhos de pesquisa, sondagem, construção e instalação de pipelines, entre outros serviços, recorrem a empresas de serviços por norma internacionais. Por sua vez, estas têm subcontratado empresas nacionais.

Com a recente publicação da nova lei do conteúdo local, os operadores de blocos em Angola estão impedidos de contratar serviços básicos como segurança, catering ou transportes a empresas estrangeiras, estando obrigadas a seleccionar empresas angolanas previamente certificadas pela ANPG e pelo ministério da tutela. A legislação visa promover uma maior inserção das empresas e quadros nacionais na produção do petróleo e divide a intervenção das mais de 2.000 empresas angolanas e de direito angolano registadas na base de dados do Ministério dos Petróleos, como prestadoras de serviços à indústria petrolífera em três regimes: de exclusividade, de preferência e de concorrência. Entretanto, falta a ANPG divulgar que serviços serão colocados nestes regimes.

Só quando esta lista estiver concluída será possível aferir em que sectores poderão as empresas 100% angolanas apostar, com as expectativas a chegarem ao ponto de poderem actuar também nas licitações e exploração de petróleo, à semelhança do que já é feito lá fora.

(Leia o artigo integral na edição 615 do Expansão, de sexta-feira, dia 12 de Março de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

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