Pontualidade, absentismo e presentismo no trabalho
No presentismo, o trabalhador cumpre com os horários de trabalho. O verdadeiro problema é que ele passa parte desse tempo a realizar tarefas não relacionadas com a sua função ou cargo, representando um prejuízo para o empregador superior ao do absentismo.
Sabia que a assiduidade e a pontualidade são conceitos completamente distintos? Muitos ainda têm algumas dúvidas quando se deparam com estes dois conceitos. Então, a que se referem, na realidade, a assiduidade e a pontualidade?
A assiduidade e a pontualidade são dois conceitos que, apesar de estarem relacionados, apresentam algumas diferenças. A assiduidade consiste em estar presente de forma regular no seu local de trabalho, e a pontualidade significa estar presente nos horários estipulados ou acordados, independentemente do evento a que se irá atender (reuniões ou entrevistas, por exemplo).
A assiduidade é o oposto do absentismo. O absentismo refere-se às ausências registadas pelo trabalhador no seu local de trabalho, em horas ou em dias, por diversos motivos, justificados ou não, nos termos da Lei Geral do Trabalho.
Vários pesquisadores têm identificado diferentes níveis de factores por detrás do absentismo, entre eles os factores de ordem pessoal (nível de educação, posição social, idade, sexo, valores e expectativas, variáveis atitudinais e disposicionais, as discrepâncias entre as características do trabalho e as características individuais, problemas de saúde e a continuada discordância entre as exigências físicas, mentais e sociais do posto de trabalho e a capacidade de resposta do trabalhador (motivação, satisfação, qualificação, conhecimentos, competências técnicas, humanas e relacionais, potencial de saúde, idade, género, etc.).
Outros referem que os comportamentos de absentismo podem surgir quando se rompe o contrato psicológico com a organização e deixa de existir comprometimento organizacional.
Os factores de ordem organizacional compreendem variáveis como as relações interpessoais (com colegas e, sobretudo, com as chefias directas) e a cultura organizacional (que pode legitimar ou não as ausências ao trabalho). Nesse sentido, os autores referem que, no local de trabalho, tudo o que propicia uma atitude adequada (integração, satisfação, motivação, representatividade) conduz a um menor absentismo, e tudo o que favorece a deterioração desta atitude (ausência de promoção, tarefas monótonas e repetitivas, entre outras) resulta num maior absentismo.
(Leia o artigo integral na edição 662 do Expansão, de sexta-feira, dia 18 de Fevereiro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)