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EUA: Centenas de estudantes africanos em risco de expulsão

ADMINISTRAÇÃO TRUMP PROÍBE UNIVERSIDADE DE HARVARD DE MATRICULAR ALUNOS ESTRANGEIROS

A ordem "ilegal e punitiva" da Administração Trump ameaça a "missão académica e de investigação" de Harvard e afecta estudantes e académicos de 140 países, 25 dos quais de África Subsariana, de acordo com estatísticas do Harvard Internacional Office. A medida tem efeito imediato e pode vir a atingir outras universidades.

Centenas de estudantes de África Subsariana estão sob ameaça de expulsão dos Estados Unidos, após uma ordem do Departamento de Segurança Interna, que revoga os vistos F-1 (estudante não imigrante) e J-1 (visto de intercâmbio) e que proíbe a Universidade de Harvard de matricular estudantes estrangeiros no ano lectivo 2025/2026.

A medida, bloqueada entretanto, por um juiz federal, afecta no imediato "7.000 titulares de vistos", como refere a universidade numa acção judicial interposta a 23 de Maio, um dia depois de ter sido notificada pelo Departamento de Segurança Interna. Destes 7.000 estudantes, 263 são titulares de passaportes de África Subsariana, de acordo com as estatísticas do Harvard Internacional Office (HIO) consultadas pelo Expansão, na terça-feira, dia em que o secretário de Estado, Marco Rubio, deu ordens às embaixadas dos EUA para suspenderem entrevistas para emissão de vistos a estudantes estrangeiros, até expansão da "verificação de antecedentes e análise das redes sociais dos candidatos".

Segundo o jornal Politico, a ordem de Rubio poderá atrasar significativamente o processamento dos vistos de estudantes, prejudicando muitas universidades que dependem das receitas de matrículas e propinas de estudantes estrangeiros.

Na acção que deu entrada no Tribunal de Massachusets, a Universidade de Harvard afirma que, "com um golpe de caneta", o go verno "tentou apagar um quarto do corpo estudantil de Harvard", estudantes internacionais "que contribuem significativamente para a universidade e para a sua missão", que, juntamente com milhares de outras escolas, "impulsionaram o sucesso académico, científico e económico dos Estados Unidos e a sua posição global".

Este é "o mais recente acto do governo em clara retaliação pelo exercício dos direitos da Primeira Emenda por Harvard, ao rejeitar as exigências do governo para controlar a governação, o currículo e a "ideologia" do seu corpo docente e alunos", alega a acção judicial, que considera as medidas do governo "ilegais" e fundamentadas em razões "perniciosas".

Em resposta, a Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong garantiu, em comunicado, que iria "providenciar ofertas incondicionais, procedimentos de admissão facilitados e apoio académico para facilitar uma transição harmoniosa aos estudantes interessados" em mudar-se para a China.

Subsídios congelados As hostilidades do governo contra Harvard, a universidade mais antiga e prestigiada do país, começaram em Abril, quando a universi dade se recusou a acatar ordens da Administração Trump, que acusou Harvard de tolerar o antissemitismo e promover a ideologia liberal, após negar expulsar docentes e alunos que se insurgiram contra os ataques israelitas a Gaza.

A Casa Branca congelou em Abril 2,2 mil milhões USD de subsídios plurianuais à universidade e ponderava cortar até 9 mil milhões USD em subsídios e contratos federais, após o presidente da instituição, Alan Garber, garantir que Harvard não iria "renunciar à sua independência ou aos seus direitos constitucionas".

Leia o artigo integral na edição 828 do Expansão, de Sexta-feira, dia 30 de Maio de 2025, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. (Saiba mais aqui)

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