Papa mantém Banco do Vaticano
O Papa Francisco anunciou que vai reestruturar o Instituto para as Obras da Religião (IOR), o Banco do Vaticano, alvo de escândalos financeiros, incluindo branqueamento de capitais da máfia.
A proposta aprovada pelo papa, que reafirma "a importância da missão [do banco] para o bem da Igreja Católica", passa por reduzir a dimensão da instituição e pelo reforço dos mecanismos de controlo da sua gestão.
"O Papa aprovou uma proposta sobre o futuro do IOR, reafirmando a importância da sua missão para o bem da Igreja Católica, a Santa Sé e o Estado do Vaticano. O IOR vai continuar a servir com prudência e fornecer os seus serviços financeiros especializados à Igreja Católica em todo o mundo", referiu o Vaticano em comunicado.
O documento explica que a gestão, dirigida por Ernst Von Freyberg, nomeado pelo Papa Bento XVI há pouco mais de um ano, vai "finalizar o seu plano para assegurar que o IOR possa cumprir a sua missão como parte das novas estruturas financeiras da Santa Sé".
O plano, acrescenta a nota, citada na France Presse, vai ser "apresentado ao conselho de cardeais do papa e ao novo conselho para a economia". As actividades do Banco do Vaticano vão ser supervisionadas pela Autoridade da Informação Financeira e haverá "um quadro legal e institucional para regular as actividades financeiras dento da Santa Sé e do Vaticano".
Numa reação transmitida à agência de notícias francesa, o porta-voz do IOR, Max Hohenberg, manifestou-se satisfeito com "o reconhecimento [pelo papa] pela validade da missão de serviço e o trabalho feito durante os últimos 12 meses".
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