Os Estados Unidos e a França tudo fizeram para pôr termo ao mal-estar entre os dois países após a crise dos submarianos, um negócio que envolve muitos milhões de dólares, que a França perdeu e os Estados Unidos ganharam, quem paga, os milhões de dólares, é a Austrália.

Depois de uma conversa de cerca de 30 minutos ao telefone, Biden e Macron chegaram a acordo, os Estados Unidos admitiram alguns erros - especialmente o secretismo das negociações e a falta de diálogo com os parceiros europeus - e a França devolve o seu embaixador a Washington mas ainda não se sabe o que fará com o embaixador em Camberra (Austrália), chamado de urgência ao Palácio do Eliseu, em Paris.

Os dois presidentes acordaram em se encontrar pessoalmente em Outubro, provavelmente em Roma, onde vai decorrer mais uma reunião dos G20.

O Aukus, o pacto entre os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, custou à França 37 mil milhões de dólares, de que Paris ficou a saber uma hora antes do anúncio público.

Os analistas consideram este acordo de segurança como o mais significativo entre as três nações desde a Segunda Guerra Mundial.

Entretanto, o presidente Biden reafirmou a importância do envolvimento da França e da Europa na região da Ásia-Pacífico, e reforçou a importância da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Em Nova Iorque, o secretário de Estado norte-americano Anthony Blinken, o equivalente a ministro das Relações Exteriores, vai reunir com Jean-Yves Le Drian, no caso, o seu homólogo francês, esta quinta-feira, 23, num encontro à margem da 76.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas.