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Universidade

Lusíada não é a mais cara, garante docente

Nas bancas

Luvualu de Carvalho nega que propina custe 360 USD e defende aplicação de multas a quem se atrase a pagar, mas diz haver excepções para trabalhadores-estudantes.

 

A Universidade Lusíada de Angola (ULA) não é a instituição de ensino superior mais cara do País, garante António Luvualu de Carvalho, docente daquela instituição, defendendo que os preços praticados são acessíveis e adequados ao perfil da escola.

 

Em declarações ao Expansão, o responsável esclareceu o que considera um equívoco gerado por algumas associações, cujos nomes não indicou, que geralmente confundem o preço das propinas. O que a universidade cobra pelas propinas, garante, são 300 USD, e não 360 USD, como tem sido referido.

Para evitar a divulgação de informação incorrecta, o docente apelou à realização de um estudo comparativo dos preços praticados no mercado. Tem de haver um ranking qualificado, afirma António Luvualu de Carvalho, criticando quem diz, sem fundamento, que a Universidade Lusíada é a instituição de ensino superior mais cara do País.

Questionado sobre as multas aplicadas a quem não cumpre com o pagamento das propinas no prazo previsto (ver Expansão da semana passada), Luvualu de Carvalho explica que o agravamento do custo depende do tempo que os alunos levarem a regularizar a situação.

Acredito que em todas as instituições do ensino superior privadas, quando o aluno se atrasa a pagar a propina, a multa tende a crescer, afirma. Os alunos, quando fazem as matrículas, sabem que há uma tabela de preços onde constam todas as informações, adianta, garantindo que na Lusíada não há razões nenhumas de queixa sobre essa questão.

Na Lusíada, aliás, explica o docente, têm sido abertas algumas excepções em casos de atraso no pagamento das mensalidades. No caso dos trabalhadores-estudantes, por exemplo, existe uma norma que lhes confere tolerância no pagamento da propina.

Universitários querem propinas a 20 mil Kz

Os estudantes acham elevado o preço das propinas e defendem, por isso, que seja revisto. A União dos Estudantes do Ensino Superior de Angola (UEESA), por exemplo, pediu ao Executivo que fixe um valor único - de 200 USD, ou seja, cerca de 20 mil Kz -, a aplicar em todas as universidades do País.

Para os estudantes, esta proposta vai, aliás, ao encontro do que defendeu o Presidente da República (PR) no discurso sobre o estado da Nação, na semana passada. José Eduardo dos Santos, lembram, afirmou que no ensino superior ocorreu um rápido alargamento da oferta pública e privada, e nas áreas de menor investimento não se justificam as propinas tão elevadas que o sector privado cobra neste momento.

A UEESA insiste, por isso, na necessidade de haver regulação do sistema de pagamento das propinas, lembrando que existem disparidades nos preços praticados entre instituições diferentes para os mesmos cursos.

Entretanto, responsáveis de algumas universidades privadas defendem maior apoio do Executivo para que os preços possam baixar. Recorde-se que José Eduardo dos Santos afirmou que a oferta de cursos superiores não tem privilegiado áreas cruciais para o desenvolvimento do País, designadamente nas áreas de engenharias e tecnologias, ciências da vida e ciências agrárias.

A melhoria da qualidade do ensino ministrado e a sua adaptação às necessidades do País, conforme previsto no Plano Nacional de Formação de Quadros (PNFQ ), é uma das grandes prioridades a este nível, disse o PR. O Plano Nacional de Emprego e Formação Profissional, em preparação, é um outro instrumento estratégico, lembrou o Presidente.

No segundo trimestre, estavam matriculados 198.700 alunos, mais 8,8% do que a meta fixada para este ano.

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