Cabinda recuperou mais de 200 quilómetros de estradas
Cerca de 248 quilómetros de estradas foram recuperados, na província de Cabinda, desde 2002, segundo avançou recentemente o secretário local em exercício das Obras Públicas, Nicolau Custódio Púcuta. No período em referência, acrescentou, foram asfaltados pelo Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA) 151 quilómetros.
De acordo com Nicolau Púcuta, o governo local restaurou outros 25 quilómetros em toda a extensão da província. Das vias secundárias e terciárias restauradas e reabertas destacam-se os troços Champuto Rico-Prata, com 24 quilómetros, e o troço Subantando-Chimbuandi, com 23,5 quilómetros.
Entre as estradas reabilitadas está também a que liga a localidade do Dinge à do Chivovo, com uma extensão de 16,5 quilómetros, assim como os troços Tchinzazi-Nto (50 quilómetros) e Matembo-Nsaca-Bítina (37,5 quilómetros).
No que toca às vias pavimentadas, o director em exercício realçou que o projecto abrangeu a Estrada Nacional 101 (Buco Zau-Necuto e Conde Malonda), com uma extensão de 41 quilómetros. Salientou que foi igualmente pavimentada a Estrada Nacional 200 (Belize-Luali), numa extensão de 18 quilómetros, bem como o troço rodoviário de 40 quilómetros que parte do Necuto, passa por Conde Malonda e chega a Nganda Cango.
Para além das estradas, constam também do pacote de obras públicas realizadas nos últimos 12 anos em Cabinda a construção do Instituto Superior Politécnico de Saúde e Ciências Médicas, o Estádio do Chiaze, o Pavilhão Multiusos do Tafe e o Estádio Mbuco Mabel. Infra-estruturas de saúde Segundo Nicolau Púcuta, durante o período em balanço, a província beneficiou também da reabilitação e ampliação do Museu Regional de Cabinda e do Hospital Regional Alzira da Fonseca.
O Hospital Alzira da Fonseca, que já funciona em pleno há mais de três anos, é a segunda maior unidade hospitalar da província de Cabinda, depois do hospital central local, e está apetrechado com equipamentos modernos, bem como outros meios hospitalares e administrativos.
A unidade dispõe, dentre outros, de serviços de banco de urgência, medicina interna, ginecologia e obstetrícia, bloco operatório, ortopedia, cuidados intensivos e dois laboratórios de análises clínicas. Fruto dos investimentos, a infra- estrutura hospitalar vai contar em breve com um número estimado de 115 trabalhadores, entre médicos (nacionais e estrangeiros), enfermeiros, técnicos de serviços gerais e administrativos. A unidade hospitalar tem capacidade para 100 camas, estando nesta altura em fase de conclusão o projecto de construção de uma morgue, com 14 gavetas.
Outra obra de realce do sector da saúde e que poderá entrar em funcionamento em breve é o centro de hemodiálise, que está a ser construído desde 2012, junto ao Hospital 28 de Agosto, no bairro Cabassango, arredores da cidade de Cabinda. Nestes últimos anos, de acordo com a fonte, foram ainda construídas 140 casas sociais na localidade de Tenda, município de Cacongo, 80 casas em Catabuanga e 70 nos Lites. Nicolau Púcuta destacou ainda a construção do templo da Igreja Católica no Buco Zau, além do surgimento de novas centralidades no Buco Ngoio, Chibondo, Lufuindi, Santa Catarina e a Vila Olímpica de Cabassango.
Ainda no domínio das obras públicas, a região do Alto Sundi, tida como de difícil acesso desde a independência nacional, viu reabilitada a picada de 83 quilómetros que liga as localidades do Caio Guembo e do Bulo. Programa do Alto Sundi O programa de desenvolvimento do Alto Sundi , um projecto de iniciativa presidencial, foi apontado, pelo secretário provincial de Cabinda das Obras Públicas como uma mais-valia para a região.
Está orçamentado em 2,3 bilhões Kz, um montante que numa primeira fase está a ser aplicado em sete das 28 aldeias existentes na região, nomeadamente Caio Nguembo, Conde Kavunga, Tungo Tadi, Kacumba Congo, Maloango Zau, Kimpondo, Kifuma e Bitina. Segundo a governadora Aldina da Lomba, o programa trouxe um grande impacto entre os beneficiários, com destaque para a diminuição do isolamento e redução das assimetrias regionais a nível das localidades, a livre circulação de pessoas e bens, bem como a oferta dos serviços públicos administrativos do Estado.