Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Angola

Luanda arrecadou 92,2% do total da receita fiscal não petrolífera em 2022

BALANÇO DE DESEMPENHO DA AGT

Em termos geográficos, Benguela é o segundo mercado tributário do País com uma quota de 1,8%, ou seja 83 mil milhões Kz, enquanto a Huíla ocupa a 3ª posição com 34 mil milhões Kz. Moxico, Lunda Sul, com 8 mil milhões Kz cada, e o Cuando Cubango com 6 mil milhões Kz, ocuparam as últimas posições.

A província de Luanda arrecadou, de Janeiro a Dezembro do ano passado, 4.278 mil milhões Kz, o equivalente a 92,2% do total da receita fiscal não petrolífera arrecadada no passado, indica o relatório do balanço de desempenho da Administração Geral Tributária (AGT).

Os dados da AGT revelam que o total da receita fiscal não petrolífera recolhida nas sete regiões tributárias rondou os 4.638 mil milhões, representando um acréscimo de 22%, comparativamente ao mesmo período de 2021.

Em 2022, a receita tributária somou 13.746 mil milhões de Kwanzas o que corresponde a um crescimento de 40% face ao período homólogo. A componente petrolífera, indica o fisco, contribuiu com 9.108 mil milhões Kz, tendo crescido 51% face a 2021.

Até ao final do I trimestre de 2023, a AGT contabilizava, na sua base de dados, 7.065.336 contribuintes, dos quais 89,2% são singulares sem qualquer actividade comercial ou industrial e 3,9% são empresas colectivas.

No ano de 2022, a generalidade dos impostos apresentou crescimentos positivos face ao ano de 2021, um indicador de que a economia volta a aquecer com o imposto industrial e o IVA a liderarem os tributos mais cobrados na receita fiscal não petrolífera.

"O Imposto Industrial foi o principal imposto com uma participação de 27%, seguido pelo IVA com 27%, o IRT contribuiu na receita com 19% do total arrecadado", indica o relatório.

Por sua vez, o sector do comércio é o que mais contribuiu para a receita não petrolífera no ano passado, tendo representado cerca de 24% do total arrecadado, seguido pelo sector da indústria extractiva e transformadora com 12,8% e 11,1% respectivamente. Os sete principais sectores apresentados no mapa tributário do País representam cerca de 75% do total da receita não petrolífera arrecadada em 2022.

Ainda em termos geográficos, depois de Luanda, Benguela é o segundo mercado tributário do País, com uma quota de 1,8%, ou seja 83 mil milhões Kz, enquanto a Huíla ocupa a terceira posição com 34 mil milhões Kz. Moxico, Lunda Sul, com 8 mil milhões Kz cada, e o Cuando Cubango, com 6 mil milhões Kz, ocuparam as últimas posições da lista das 18 províncias do País.

Especialistas explicam que Luanda é o grande centro empresarial e de negócios do País, o que a coloca na posição líder na tributação. A discrepância é justificada porque a capital alberga as sedes das grandes empresas angolanas e é onde são pagos os impostos da sua actividade.

Uma fonte avança que, enquanto não houver a descentralização das sedes das grandes empresas, ou seja, se não se deslocarem os impostos para as zonas onde muitas companhias desenvolvem a sua actividade, continuaremos a assistir a este desfasamento nos números do fisco por província. "Penso que quando as autarquias forem implementadas haverá uma grande alteração no mapa fiscal angolano e vamos assistir a um equilíbrio nas contas locais, porque as administrações deverão sobreviver das receitas locais", explicou um especialista em fiscalidade, tendo lembrado que são questões já abordadas a nível da Assembleia Nacional e do Ministério das Finanças.

Receitas do I trimestre

A receita fiscal não petrolífera do I trimestre de 2023 já soma 976 mil milhões Kz o que corresponde a um crescimento de 13% face ao período homólogo.

A AGT indica no balanço que os impostos internos, receita fiscal, contribuíram com 744 mil milhões Kz e cresceram 14% face a igual período de 2022 e os impostos sobre o comércio internacional, receita aduaneira, cifraram- se em 233 mil milhões Kz e cresceram 9% face ao I trimestre do ano passado.

Entretanto, no I trimestre de 2023, ao contrário do desempenho de 2022, o IVA foi o principal imposto arrecadado, tendo somado 290,2 mil milhões Kz, o que corresponde a uma participação de 30% do total arrecadado e um crescimento de 9% face ao período homólogo.

(Leia o artigo integral na edição 721 do Expansão, desta sexta-feira, dia 21 de Abril de 2023, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

Logo Jornal EXPANSÃO Newsletter gratuita
Edição da Semana

Receba diariamente por email as principais notícias de Angola e do Mundo