Parceria entre laboratórios de engenharia portuguesa e angolana destacada em Luanda
O alargamento da parceria entre os laboratórios de engenharia de Portugal e Angola foi defendido esta segunda-feira, em Luanda, na abertura da reunião das Comissões Coordenadoras dos Convénios de Cooperação entre os laboratórios de Engenharia Civil de língua portuguesa.
Em declarações à Lusa, a vogal do Conselho Directivo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), de Portugal, Maria de Lurdes Antunes, disse que "além do apoio geral com a formação de recursos humanos", têm sido realizados em parceria com o Laboratório de Engenharia de Angola, acções conjuntas de observação e monitorização de grandes pontes que foram construídas ou reabilitadas.
Estender a cooperação existente com Angola à área das barragens, edifícios, estruturas, materiais de construção é o desejo do LNEC, visando garantir uma capacitação mais eficaz e mais rápida dos quadros angolanos.
No discurso de abertura dos trabalhos, o ministro angolano da Construção classificou como importante a cooperação entre os laboratórios de Engenharia da Comunidade de países de Língua Portuguesa (CPLP), que disse serem instrumento de avaliação e certificação da qualidade das obras.
Segundo o governante angolano, a manutenção regular desta cooperação "é sinal da vitalidade do sector, sobre o qual recaem, na actual conjuntura, responsabilidades substanciais na execução de obras de infra-estruturas diversas".
"Tal como referido no lema desta reunião, o Laboratório de Engenharia de Angola tem, perante si, novos e acrescidos desafios que elevam as suas responsabilidades na actual conjuntura que, espero, esta reunião terá a oportunidade de confirmar", sublinhou o ministro.
A representante dos Laboratórios de Engenharia Civil da CPLP, a são-tomense Maria da Conceição de Almeida, destacou a importância dos convénios existentes, lembrando que o encontro acontece numa altura em que se verificam algumas catástrofes naturais, nomeadamente as cheias em cinco das principais bacias de Moçambique, a maior seca de 50 anos no Brasil e fenómenos de agitação marítima em Portugal.
"Acontecimentos imprevisíveis que evidenciam a importância dos Laboratórios de Engenharia Civil na solidez das opções de resposta dos Governos a estas adversidades", disse Maria da Conceição de Almeida.
Aquela responsável referiu ainda que, apesar das "enormes" dificuldades do dia-a-dia na cooperação entre os Estados membros, são feitos esforços para a execução das actividades e programas da instituição, que se inserem fundamentalmente na capacitação de quadros, assistência técnica e controlo de qualidade das obras públicas e privadas.
Maria da Conceição Almeida destacou a cooperação com o LNEC, frisando o seu contributo no alcance dos objectivos traçados, "graças à experiência e à disponibilidade" dos técnicos e responsáveis.
Na sua intervenção, Maria da Conceição Almeida saudou o apoio financeiro do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua.
Em 2013, o Instituto Camões financiou com 200 mil euros para o projecto, mas para este ano espera-se uma redução para pouco mais de metade da verba do ano anterior, empregue sobretudo na formação de quadros.
Os trabalhos da XXVII reunião ordinária das Comissões Coordenadoras dos Convénios de Cooperação entre os laboratórios de Engenharia Civil da CPLP terminam sexta-feira.
Lusa / Expansão