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Angola

Preços no mercado formal crescem 41% desde Fevereiro do ano passado

EM FEVEREIRO DESTE ANO

Se comparados os preços entre Dezembro de 2024 e Fevereiro do corrente ano, verifica-se um aumento médio de 7% nos preços do mercado formal, com subidas acentuadas em produtos como o leite Nido e o açúcar. Já no lado dos informais, verificou-se uma redução de 4%.

Os preços de alguns produtos alimentares mais consumidos pelas famílias angolanas aumentaram 41% nos mercados formais em Fevereiro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Já nos mercados informais, os preços cresceram 1%, segundo a comparação dos preços de bens alimentares seleccionados pelo Expansão nas principais praças e hipermercados da capital do País.

Estes cabazes consistem em 18 produtos seleccionados pelo Expansão, cujos preços foram recolhidos nos mercados informais Catinton e Asa branca, e em 11 produtos nos hipermercados Kero, Candando e Maxi (ver tabelas).

A diferença entre o crescimento verificado no mercado formal e informal tem também a ver com o tipo de produtos analisados em cada um deles, mas reflectem um ajustamento que tem havido nos preços nos principais mercados informais da capital em produtos como o açúcar, óleo, massa, ovos, sal ou feijão.

Já do lado das lojas da moderna distribuição, a tendência de subida é muito mais acentuada, porque resulta do tipo de oferta que têm disponível, maioritariamente produtos importados, e da passagem para os consumidores da pressão que sentem no acesso a divisas. Em alguns casos pode falar-se em especulação comercial, com preços desajustados da realidade, tendo em atenção que o custo de aquisição nos mercados internacionais se mantém estáveis.

Ainda segundo apurou o Expansão, no mercado formal onde se registou a maior variação, com um acréscimo de 13.398 Kz no cabaz seleccionado pelo Expansão, destacam-se o leite Nido com o maior crescimento (65%) e a manteiga Mimosa (31%). Apesar disso, o açúcar e o feijão preto são produtos que viram os preços baixar.

Diferente do mercado formal que continua a registar subidas, no informal os preços têm-se mantido mais estáveis com uma tendência decrescente desde o fim da quadra festiva. Apesar de ter registado uma subida homóloga de 1%, durante a ronda do Expansão foi possível notar algumas reduções nos preços na maioria dos produtos provenientes do campo, um sinal de que haverá nos mercados mais oferta.

Constatou-se ainda numa das lojas que comercializa produtos congelados, no mercado do Catinton, que acabou por adoptar o conhecido regime de sócia já no seu regime de venda da caixa de peixe carapau. A caixa de 20 Kg que custa 42.000 Kz, por exemplo, o estabelecimento já comercializa em porções de 5 Kg ao preço de 10.500 Kz, fenómeno desencadeado pela recorrência da prática por parte dos clientes.

Além disso, tem-se constatado no seio de muitas famílias de baixa renda uma maior preferência pelo consumo de peixe comprado directamente à mão dos pescadores nas praias (como a famosa praia da Mabunda) que apesar de serem mais acessíveis ao bolso, o facto de não possuírem muitas vezes as condições adequadas para conservação e comercialização representam riscos à saúde, principalmente quando adquiridos para consumo a médio prazo.

É ainda importante realçar que mesmo tendo-se registado apenas um crescimento homólogo ligeiro nos preços do mercado informal, muitos dos produtos não sofreram alterações nos preços, mas têm as quantidades e porções reduzidas. Alimentos como a batata, por exemplo, que nestes mercados não possuí uma medida fixa, ou outros que não fazem parte do cabaz do Expansão, como o tomate, a cebola, alho, geralmente são alvos deste tipo de fenómeno.

Por outro lado, se comparados os preços entre Dezembro de 2024 e Fevereiro do corrente ano, verifica-se um aumento médio de 7% nos preços do mercado formal, com subidas acentuadas em produtos como o leite Nido e o açúcar. Já no lado dos informais, verificou-se uma redução de 4%.

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