O Banco Nacional de Angola (BNA) anunciou recentemente que, entre finais deste ano e princípios de 2014, haverá mais quatro instituições bancárias no País prontas a iniciar a actividade no mercado financeiro.

Trata-se dos bancos Pungo Andongo (BPAN), Banco Prestígio, Standard Chartered e Banco de Poupança e Promoção Habitacional (BPPH). Se se confirmar a licença de operacionalização dos quatro novos players da banca angolana, as novas entidades financeiras deverão iniciar actividades num prazo de três meses, segundo a Lei n.º 13/05, de 30 de Setembro, que regula o funcionamento das instituições financeiras.

"A autorização caduca se os requerentes a ela expressamente renunciarem, se a instituição não for constituída no prazo de três meses a contar da data da referida autorização, ou se não iniciar a actividade no prazo de 12 meses, a contar da mesma data", adverte a lei, no seu artigo 21.º Amílcar Silva, presidente da Associação Angolana de Bancos (ABANC), confirmou já o licenciamento de operacionalização dos bancos BPPH e Standard Chartered.

Além disso, o líder da ABANC revelou que os dois bancos já mostraram interesse em se associarem ao órgão que preside. Porém, recusou falar dos outros dois bancos, designadamente o BPAN e o Banco Prestígio, por desconhecer o processo relacionado com a sua entrada no mercado e os respectivos accionistas.

"Sobre o Banco Prestígio, não sei quem são os accionistas. Quanto ao Banco Pungo Andongo também não sei. Mas, em relação ao Standard Chartered, conheço pelo nome, tal como o outro Banco de Poupança e promoção Habitacional (BPPH), que substituiu o Banco de Promoção para o Desenvolvimento, S.A. (BPD)", confirmou o presidente da ABANC.

Segundo ainda o presidente da ABANC, após a autorização pelo BNA, os accionistas dos novos bancos devem dirigir se ao BNA com uma petição de abertura de agências e dos respectivos balcões.

Segundo fontes ligadas ao processo, o BPAN é controlado por Manuel Paixão Júnior, actual presidente do conselho de administração do Banco de Poupança e Crédito (BPC), o Standard Chartered entra no País pelos corredores da Empresa Nacional dos Seguros de Angola (ENSA), liderada por Manuel Gonçalves, PCA, e o BPPH, que é parte dos negócios da Sonangol, chefiada por Francisco de Lemos.

Quanto ao Banco Prestígio desconhece- se até ao momento quem são os accionistas e quais as entidades que controlam a nova instituição financeira. Os novos bancos deverão trabalhar sob as últimas regras do banco central sobre o capital mínimo exigível para novas sociedades bancárias, aprovadas em Maio do corrente pela Comissão Económica do Conselho de Ministros, que fixou um valor mínimo de 2,5 mil milhões Kz, contra os anteriores 600 milhões Kz.