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Angola

Siemens lança "embrião" de centro de competências em Angola

Formação

Centro de serviços lançado em Fevereiro para certificar técnicos na área de apoio energético a plataformas de exploração de petróleo offshore é o primeiro da empresa em África. Objectivo é vir a substituir expatriados.

Siemens criou um centro de serviços em Angola para promover a formação de quadros destinados a apoiar as operações da multinacional ligadas à exploração de petróleo em offshore, revela o CEO da empresa no País.

O centro de serviços para a área de subsea, "o primeiro da Siemens em África", explica ao Expansão Sérgio Filipe, é "um embrião" de um centro de competências semelhante a outros que a empresa alemã tem espalhados pelo mundo.

A formação dos técnicos angolanos - em áreas como soldadura, apertos mecânicos e ensaios eléctricos, entre outras -, afirma o gestor, é feita em centros de competências da Siemens em Inglaterra e na Noruega, e on job, com o acompanhamento de expatriados que já estão certificados.

"A formação teórica é de cerca de um mês no exterior", diz. O processo de certificação dos técnicos, segundo Sérgio Filipe, "demora cerca de um ano", tendo-se iniciado em Fevereiro passado. No fim, adianta o CEO, o objectivo é "os angolanos, que acompanham diariamente os estrangeiros no terreno após a formação teórica, ficarem responsáveis pelas operações em Angola, saindo os expatriados".

Actualmente, estão "10 a 15 pessoas" envolvidas no que virá a ser o centro de competências de Angola, incluindo angolanos com formação em engenharia electrotécnica ou mecânica e com experiência na área de oil & gas que a multinacional recrutou no exterior. O responsável pelo centro, revela Sérgio Filipe, é um angolano que estudou no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, Portugal.

"É ele que gere a equipa no terreno e faz as pontes com a central em Inglaterra e na Noruega", explica o gestor. A presença da Siemens no sector petrolífero em Angola passa sobretudo pela prestação de serviços na área energética quer das plataformas propriamente ditas, quer das infra-estruturas que lhes estão associadas na exploração e produção A multinacional alemã também presta serviços em Angola na área do gás, no Soyo, nomeadamente operação e manutenção de turbinas, tendo dado formação e alguns angolanos no exterior e, depois, no terreno.

"Também estes engenheiros fomos buscar ao mercado, e serão eles os futuros responsáveis pela manutenção de turbinas, afirma, revelando que a empresa certificou os primeiros técnicos angolanos nesta área no mês passado. Para além das acções de formação para substituição de mão-de-obra expatriada por nacional, a Siemens tem em curso o programa 'Welcome Back', que passa por angariar no exterior angolanos com as competências que a empresa precisa e que tenham desejo de voltar ao País".

Actualmente, estão ao serviço da companhia no País angolanos que estudaram ou tiveram experiências profissionais em Portugal, Alemanha, Brasil, Rússia, entre outros. "Vêm enriquecer a organização também com as suas experiências", defende Sérgio Filipe. Em paralelo, a companhia faz formações pontuais de quadros angolanos, cá dentro e em centros de competências específicos em diferentes países, em função das necessidades. A Siemens Angola tem cerca de 50 trabalhadores, segundo o CEO.

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