A reclamação tem sido recorrente, obrigando o gabinete de Desenvolvimento Económico Integrado a procurar soluções que ajudem os agricultores a obterem os financiamentos disponíveis no pacote de alívio económico do Executivo.

"Este é um problema que temos estado a sentir porque diariamente recebemos vários pedidos de títulos e de reclamações relacionadas com a demora do processo, entretanto, estamos a trabalhar com o Instituto Geodésico e Cadastral de Angola (IGCA)", explica Manuel Vitongue, director do instituto.

Sendo o processo demorado, o responsável garantiu que vão encurtar os prazos, porque é um documento fundamental para servir como garantia às instituições financeiras, pois, a falta do documento tem estado a suspender qualquer pedido dos agricultores.

"Queremos facilitar, porque é nossa vontade que as empresas tenham acesso aos pacotes financeiros que o Executivo tem disponíveis", explica.

Quanto ao mau estado das vias de acesso, que tem prejudicado o escoamento dos produtos, os agricultores lamentam o facto de a produção estar situada em áreas com as vias mais degradadas, nomeadamente Chicala Cholohanga, via do Sambo, Samboto, a área do Wengue, do Bimbi e Bailundo, de acordo com o director da agricultura da província do Huambo, Camute Daniel. A província do Huambo tem 11 municípios e 37 comunas.

"Temos problemas de acessibilidades, por exemplo, para se chegar ao maior centro de comercialização de produtos da província, na Chicala Cholohanga, tem de se dar muitas voltas, temos ainda a questão do Mbave, e no Bailundo, e temos as principais zonas agrícolas de feijão na área do Wengue e do Bimbi".

Camute Daniel revelou que a nível local foi feito um levantamento das vias degradadas e o governo provincial já criou uma brigada de terraplanagens que está a atacar esses pontos, sendo que neste momento a equipa já trabalhou da Luz ao Bailundo, estando também a reabilitar as vias secundárias e terciárias.