Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Angola

EPAL corta fornecimento de água ao terminal doméstico do Aeroporto de Luanda

Por atrasos no pagamento

O presidente da comissão executiva da SGA - Sociedade Gestora dos Aeroportos, Nataniel Domingos, está em negociações com a EPAL no sentido de ir amortizando a dívida. Água foi cortada na segunda-feira, após seis meses de pagamentos em atraso.

Por atrasos no pagamento, a EPAL cortou esta segunda-feira, dia 12, o abastecimento de água ao terminal doméstico do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro. Além de cortar a água, a Empresa Pública de Águas de Luanda levou os contadores e partiu a torneira que assegura a ligação entre o terminal doméstico e a rede pública, inviabilizando qualquer tentativa de repor a água sem pagamento, como tezstemunhou o Expansão no local.

O terminal de voos internacionais também está sem água da rede pública, mas há mais de cinco anos, de acordo com fonte do aeroporto. A APEL também cortou o fornecimento a esta zona por acumulação de facturas em atraso. Se o pagamento não for regularizado, toda a infraestrutura aeroportuária passa a depender de água de camiões cisternas, solução encontrada há cinco anos para assegurar água na principal área do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, segundo uma fonte do Expansão.

A EPAL confirma ter feito o corte por atrasos no pagamento, mas escusou-se a avançar o montante da dívida. A empresa limitou-se a dizer que o pagamento está atrasado há mais de seis meses, três vezes mais do que o prazo de dois meses de atraso permitido pelo contrato.

O director de comunicação da EPAL, Vladimiro Bernardo, admitiu ao Expansão que o corte no fornecimento de água é uma medida que visa pressionar o aeroporto a liquidar ou negociar a amortização da dívida.

Questionado sobre a zona do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro que está privada de água há mais de cinco anos, Vladimiro Bernardo não se quis pronunciar. Admitiu, no entanto, que esta é a "segunda vez que a EPAL faz cortes no aeroporto, sendo que a primeira já foi há alguns anos".

Questionado pelo Expansão, o presidente da comissão executiva da SGA - Sociedade Gestora dos Aeroportos, Nataniel Domingos, admitiu que o corte de água no terminal doméstico resulta da pressão que a EPAL está a fazer junto dos seus clientes, mas nega que o terminal doméstico tenha ficado sem água.

Nataniel Domingos assegura que este corte não causou nenhum transtorno, por causa dos reservatórios que o aeroporto dispõe. Quanto ao terminal de voos internacionais, o responsável não confirmou o corte no abastecimento da EPAL, nem a data em que ocorreu. Disse apenas "haver dificuldades a nível da tubagem que vai para o tanque de 800 mil litros" que o aeroporto tem naquela zona. Trata-se, segundo o presidente da Comissão Executiva da SGA de uma "questão técnica".

Quanto aos pagamentos em atraso à EPAL, Nataniel Domingos diz que está a negociar no sentido de os ir amortizando, garantindo que há boas relações entre a SGA e a Empresa Pública de Águas de Luanda.