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Angola

Função actuarial ganha dimensão com a nova lei dos seguros e resseguros

ACTUÁRIOS COM NOVAS DINÂMICAS DENTRO DO SECTOR SEGURADOR

A gestão de riscos inerentes à actividade seguradora passa a ser obrigatoriamente coordenada por um actuário, dando relevo e dimensão a esta actividade. A presidente da associação do sector explica que o desafio é a formação de bons profissionais devido às especificidades que a função exige.

A nova lei da actividade seguradora exige que as empresas tenham na sua estrutura um actuário, que na verdade é um gestor de risco. Alguém que é capaz de prever, com exactidão, o risco de cada um dos seguros, ao que junta a visão global de previsão do risco a que a própria empresa está sujeita com o tipo e a quantidade de apólices que tem em carteira.

As suas áreas são fundamentalmente a probabilidade e a estatística, que suportam o estudo dos fenómenos aleatórios. É, na verdade, um sector profissional que está a desenvolver-se, agora com uma enorme margem de crescimento e oportunidades, tendo em atenção a necessidade do cumprimento da lei por parte das seguradoras.

Foi criada no País a Associação Angolana de Actuários (AAAT), que tem como maior desafio garantir a formação destes profissionais para que estejam habilitados a assumir a função junto dos operadores. "A actividade seguradora é, essencialmente, uma actividade de gestão de risco e, então, deve ter profissionais habilitados em gerir o risco e é exactamente aí onde actua o actuário. O actuário é, na essência, um gestor de risco. E pelo que faz tem uma relevância muito grande na solvabilidade da empresa, porque se avalia e propõe de forma errada os prémios, pode complicar a solvabilidade da companhia. Por isso, uma boa formação é essencial", explica Henda da Silva, presidente da AAAT.

A responsável acrescenta que se está a procurar consolidar o posicionamento da associação. Um dos objectivos é trabalhar com as universidades, como ponto de partida, no sentido de sensibilizar e auxiliar essas entidades na preparação de conteúdos programáticos. Hoje, as faculdades angolanas não têm um currículo específico para esta área.

"Pensamos que a base da formação do actuário é a universidade e, então, pretendemos garantir que temos mais universidades a ministrar temas ou cursos para o exercício da profissão actuarial e garantir que os cursos estejam ajustados às necessidade do sector", frisou.

O profissional actuário tem um papel importante na seguradora porque actua no cálculo de tarifa, do prémio do seguro e também no cálculo da reserva correcta da seguradora face aos riscos que assume. E isso é fundamental na gestão dos investimentos e na rentabilidade das seguradoras. Henda da Silva explica também que a associação tem hoje mais de 100 membros cadastrados e 74 acreditados, lamentando que a remuneração destes profissionais ainda esteja muito abaixo dos valores que se pagam em outras realidades.

(Leia o artigo integral na edição 685 do Expansão, de sexta-feira, dia 29 de Julho de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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